Crítica

Girão questiona STF sobre ministros presentes em 'evento patrocinado pela JBS'

Girão também criticou declaração de Barroso sobre uma série de propostas aprovadas pela Câmara do Deputados na semana passada para limitar poderes do STF e ampliar as possibilidades de impeachment dos ministros do Supremo.

Agência Senado

Eduardo Girão é senador da República
Eduardo Girão é senador da República (Roque de Sá)

BRASÍLIA - O senador Eduardo Girão (Novo-CE) criticou, em pronunciamento nesta segunda-feira (14), a presença do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, e do ministro Dias Toffoli em um evento na Itália promovido pelo grupo Esfera Brasil. O evento teve como um dos patrocinadores o grupo JBS, sobre o qual há ações no Supremo. Girão disse ter feito um pedido urgente de informações ao STF sobre essa viagem.

"Se isso não é conflito de interesse, eu não sei o que é, porque me parece algo muito sério se dar um grau de irrelevância qualquer a uma atitude como essa. São eventos nos quais, no mínimo, quando estão chamando um ministro do STF, eles deveriam absolutamente nem participar. [...] Eles são relatores de várias ações de interesse da companhia. O ministro [Barroso], em vez de pedir desculpas ao povo brasileiro, diz que isso é "preconceito contra a iniciativa privada".

Girão também criticou declaração de Barroso sobre uma série de propostas aprovadas pela Câmara do Deputados na semana passada para limitar poderes do STF e ampliar as possibilidades de impeachment dos ministros do Supremo. Barroso disse que não se deve mexer em instituições que estão em funcionamento e cumprem bem seu papel. Para o senador, o presidente do Supremo é “um dos maiores ativistas políticos e ideológicos da história do STF”.

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O senador voltou a cobrar do Senado a análise de pedidos de impeachment contra ministros do Supremo. Ele lembrou ter apresentado em 2022 um pedido de impedimento contra Barroso. E criticou o ministro Alexandre de Moraes por "graves abusos de autoridade". 

“A gente tem jornalista com o passaporte retido, coisa que você só via no nazismo. A gente tem jornalistas com a conta bancária bloqueada. A gente tem pessoas, milhares de pessoas com a rede social derrubada por ordem judicial. Veja a humilhação que aconteceu com a rede X. E está aí. Os dados continuam. Até um senador da República, o Marcos do Val [Podemos-ES], com rede social bloqueada até hoje. Então, está tudo errado o que está acontecendo. Está todo mundo vendo isso. A gente precisa agir. Não tem mais clima no Senado para nada”.

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