Economia

Indústria: emprego cresce 3,1% em agosto; membro da CNI prevê crescimento modesto no 2º semestre

Cresceram empregos, massa salarial e rendimento dos trabalhadores.

Brasil 61/ Lívia Braz

Atualizada em 09/10/2024 às 08h56
Cresceram empregos, massa salarial e rendimento dos trabalhadores.
Cresceram empregos, massa salarial e rendimento dos trabalhadores. (Foto: Reprodução/ Portal da Indústria CNI)

O termômetro da economia traz resultados favoráveis com relação aos números de agosto. É o que mostra  a pesquisa Indicadores Industriais, da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Todos os indicadores que medem o desempenho do mercado de trabalho cresceram — emprego, massa salarial e rendimento médio do trabalhador — entre julho e agosto. 

Um dos dados mais importantes vem do emprego — que há 11 meses não registra resultados negativos. Entre julho e agosto a alta foi de 0,4%, mas na comparação com agosto de 2023, o incremento chegou a 3,1% no número de postos de trabalho.

Massa salarial e rendimento médio dos trabalhadores

O desempenho de maior destaque ficou com a massa salarial dos empregados da indústria de transformação, que subiu 1,5% entre julho e agosto. No comparativo com o ano passado, o aumento foi de 1,7%. No acumulado do ano, a alta já chega a 3,3%.

Os números mostram, também, que o trabalhador da indústria está ganhando melhor — com avanço de 1,1% no rendimento médio entre os meses avaliados. 

Estabilidade da atividade industrial

Indicadores como o faturamento real das empresas e as horas trabalhadas na produção mantiveram estabilidade entre julho e agosto, revela a pesquisa. O faturamento cresceu 0,7% e as horas 0,1%. Mas quando a comparação é com 2023, houve alta de 5,3% e 4,8%, respectivamente, entre os dois indicadores.

Para a economista da CNI, Larissa Nicko, mesmo com a estabilidade registrada nesses indicadores, há elementos que mostram que o segundo semestre deve ser de avanços. 

“Embora na passagem de julho para agosto os indicadores relacionados à atividade industrial tenham mostrado relativa estabilidade, é cedo para dizer se isso é o início de uma nova trajetória. Isso porque o primeiro semestre veio forte para indústria de transformação e existem elementos para nós acreditarmos que o segundo semestre também será de crescimento, embora um crescimento mais modesto em relação ao que se apresentou no primeiro semestre.”

Ideia que é reforçada pela demanda por bens industriais e pelo próprio mercado de trabalho aquecido, acrescenta a economista. 

A pesquisa mensal da CNI é importante para indicar como a atividade industrial vem se comportando em diversos pontos fundamentais, como faturamento, horas trabalhadas e rendimento médio. Os estados pesquisados respondem por mais de 90% do produto industrial do país. 

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