Comércio

Volume de vendas do Natal deve somar cerca de R$ 69 bilhões em 2023; estima CNC

Especialistas apontam para os fatores que devem contribuir para as vendas.

Brasil 61

O economista Fabio Bentes aponta que o Natal é a principal data comemorativa do comércio.
O economista Fabio Bentes aponta que o Natal é a principal data comemorativa do comércio. (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

BRASIL - O Natal de 2023 deverá movimentar cerca de R$ 68,97 bilhões em vendas, segundo a estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Caso essa projeção seja confirmada, o setor irá registrar um aumento de 5,6% no faturamento com vendas, considerando a inflação.

O economista Fabio Bentes aponta que o Natal é a principal data comemorativa do comércio e, neste ano, a melhoria das condições econômicas e queda da taxa de desemprego são fatores que contribuirão para o aumento das vendas. “E a taxa de câmbio também. Sempre que ela recua, favorece as importações. O varejo importou o maior volume de mercadorias em 2014, portanto deve ser um Natal com mais importados”, destaca.

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De acordo com a estimativa da CNC, os hiper e supermercados deverão se destacar em termos de movimentação financeira durante o Natal deste ano, representando 38,6% do volume total. Em seguida, os estabelecimentos especializados na venda de itens de vestuário, calçados e acessórios devem responder por 33,9% do total, seguidos pelas lojas especializadas na comercialização de artigos de uso pessoal e doméstico, contribuindo com 12,6% do total.

Carla Beni, economista e professora de MBAs da FGV, explica que com uma melhoria da renda e queda inflacionária, as famílias estão buscando por uma ceia mais farta. “Mais doces, panetones, inclusive outros objetos de natal e até decoração. Na parte dos presentes, deve vir forte o uso pessoal, vestuário, calçados e cosméticos. Houve um retorno do aumento  real do salário mínimo, que passou a ser corrigido, não só pelo processo inflacionário, mas também com um ganho adicional, então isso melhora  a qualidade de vida das pessoas”, afirma.

A gerente comercial Bianca Muniz, 28, é moradora de Brasília, no Distrito Federal. Ela explica que não tem o costume de comprar itens para casa e roupas durante o decorrer do ano, e quando chega em dezembro, realiza as compras de acordo com a necessidade, mas que o preço dos produtos é um fator decisivo para ela.. “A gente sempre compra mais do que a gente comprou durante o ano todo, seja presente ou roupa para passar as festas, muita gente viaja”, afirma.

Apesar da expectativa de um volume maior em comparação aos anos anteriores, o varejo ainda não deverá atingir o mesmo patamar de vendas observado no Natal de 2019 (R$ 70,94 bilhões).

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