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Girão critica indicação de Flávio Dino para o STF

Flávio Dino foi indicado por Lula para a vaga da ministra aposentada Rosa Weber e será sabatinado no Senado no dia 13 de agosto.

Agência Senado

Eduardo Girão é senador da República pelo estado do Ceará
Eduardo Girão é senador da República pelo estado do Ceará (Roque de Sá)

BRASÍLIA - O senador Eduardo Girão (Novo-CE) criticou, em pronunciamento no Plenário nesta segunda-feira (27), a indicação, pelo presidente Lula, do nome do ministro da Justiça, Flávio Dino, para a vaga de Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal (STF). Girão enfatizou que Dino “boicotou” as investigações da CPMI do 8 de Janeiro, quando se recusou a entregar imagens de câmeras de segurança da área externa do Ministério da Justiça.

O senador alegou que a indicação configura um ato de “revanchismo e vingança”. O senador também disse ser contrário ao que chamou de “politização do tribunal” com a inserção de um político “nato” na Suprema Corte.

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“[O presidente Lula] Está colocando o símbolo da revanche, colocando o símbolo da vingança, do deboche. É assim que vai pacificar o Brasil? [...]. O STF, a gente já questiona por ser muito político, tribunal politiqueiro. Vai colocar um político nato lá dentro? É muito estranho”, afirmou.

O parlamentar também parabenizou os manifestantes que participaram de um ato no domingo (26) em São Paulo, em protesto pela morte de Cleriston Pereira da Cunha, preso acusado de participar dos ataques às sedes dos Três Poderes no 8 de janeiro. Ele morreu no dia 20, após sofrer um mal súbito durante banho de sol no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. Segundo o senador, os brasileiros que estiveram na Avenida Paulista de maneira "pacífica e democrática" demonstram que a população está disposta a voltar às ruas para cobrar direitos.

"Estão de parabéns todos os brasileiros que compareceram e manifestaram pela volta dos direitos humanos no Brasil, pela democracia, pela liberdade [...]. Ontem [domingo] o brasileiro deu o grito de liberdade, sem medo dos poderosos e voltou às ruas. E isso vai ser só o começo. Já tinha começado, lá em outubro, por causa da questão do aborto, quando o STF, de forma também a usurpar o poder do Congresso Nacional, começou a colocar em pauta a questão da descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação", enfatizou.

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