Ligação

Suspeito de rachadinha atua como tutor de filho de Bolsonaro

Jorge Luiz Fernandes, de 73 anos, foi escolhido por Jair Bolsonaro, para atuar como tutor de Carlos Bolsonaro na Câmara de Vereadores do Rio.

Informações de Estadão

Bolsonaro teria escolhido Jorge Luiz Fernandes para auxiliar filho
Bolsonaro teria escolhido Jorge Luiz Fernandes para auxiliar filho (Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil)

BRASÍLIA - Jorge Luiz Fernandes, de 73 anos, suspeito de operar um esquema de rachadinhas no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), foi escolhido por Jair Bolsonaro, pai do parlamentar, para atuar como tutor do filho na Câmara de Vereadores do Rio. 

Fernandes é investigado pelo Ministério Público por receber depósitos de outros servidores que totalizam R$ 2 milhões. A investigação aponta também a mulher dele como contratada no gabinete de Carlos e suspeita de participar do desvio de dinheiro público. 

A informação é do O Estadão, que procurou Fernandes e a assessoria de Carlos Bolsonaro, mas não obteve resposta. 

Fernandes é amigo da família Bolsonaro há pelo menos 25 anos e foi funcionário do ex-presidente em Brasília. Ele ocupa a vaga de conselheiro de Carlos desde 2001, quando o vereador assumiu, aos 18 anos, o primeiro mandato. A partir de 2018, passou a chefiar o gabinete. 

Ele cumpriu carreira na Marinha, onde chegou à patente de primeiro-sargento. Militar reformado atuou por seis meses como assessor do então deputado federal Jair Bolsonaro, entre julho de 1999 a dezembro de 2001.

Leia também: OAB/MA realizará eleição ao quinto constitucional do TJMA na terça

Bolsonaro confiou a Fernandes a missão de orientar o jovem político. Carlos foi eleito com 16.053 votos, o mais jovem vereador da história do Rio. Rogéria Bolsonaro, mãe de Carlos e que saiu daquele pleito derrotada pelo próprio filho, obteve 5.109 votos e ficou na suplência. 

A equipe do gabinete do vereador foi completada com a nomeação da mulher de Fernandes para uma das vagas comissionadas. Regina Célia Sobral Fernandes foi citada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) como uma das funcionárias que fez depósitos na conta do chefe de gabinete. Os procuradores levantaram que ela recebeu um salário bruto médio de R$ 7,4 mil.

Um laudo do Laboratório de Tecnologia de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro do MPRJ registrou as movimentações financeiras de Jorge Luiz Fernandes. Os dados obtidos pelo MP reforçam as suspeitas da prática de peculato, conhecida como “rachadinha”, no gabinete de Carlos.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.