BRASÍLIA - O senador Flávio Bolsonaro (PL) insinuou nesta sexta-feira (28) que a CPMI do 8 de janeiro pode ter como um de seus alvos o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB).
O socialista tem sido criticado nas redes sociais desde que afirmou, em audiência na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, ainda em março, que não viu “da janela do Ministério” que o contingente da Polícia Militar do Distrito federal para conter os vândalos seria insuficiente. Na ocasião, ele declarou que foi informado sobre isso por telefone.
Ocorre que, em entrevista anterior, Dino já havia garantido que viu "da janela do Ministério” a atuação da PM-DF.
“Prevaricação? Omissão? Cumplicidade? Incompetência?”, destacou Flávio Bolsonaro nas redes sociais, ao compartilhar vídeo que compara as duas declarações do ministro.
Documentos - A reação de senador filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ocorre diante da divulgação de documentos obtidos pela Folha de S. Paulo mostrando que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) enviou desde o dia 6 de janeiro alertas a Gonçalves Dias (Gabinete de Segurança Institucional) e ao Ministério da Justiça, já sob o comando de Flávio Dino (PSB), sobre a possibilidade de ações violentas e invasão a prédios públicos nos atos que ocorreriam dois dias depois, em 8 de janeiro.
Esses documentos foram enviados pela Abin à CCAI (Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência) do Congresso Nacional no dia 20 de janeiro. Os informes são mantidos em sigilo.
“Dino não sabia? A CPMI vai descobrir”, diz a legenda de uma imagem compartilhada por Flávio Bolsonaro.
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