Recuou

Governo recua e mantém isenção para transação internacional até US$ 50

Preocupado com a forte rejeição nas redes sociais, o presidente Lula pressionou pelo recuo em uma reunião com Haddad.

Ipolítica

Atualizada em 18/04/2023 às 13h50
A intenção da equipe econômica inicialmente era taxar as compras internacionais. Fernando Haddad chegou a defender a medida.
A intenção da equipe econômica inicialmente era taxar as compras internacionais. Fernando Haddad chegou a defender a medida. (Washington Costa/Ministério da Fazenda)

BRASÍLIA- O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não pretende mais acabar com a regra que isenta transações internacionais avaliadas em até US$ 50 feitas entre pessoas físicas. Em conversa com jornalistas, nesta terça feira (18), o ministro da Fazenda Fernando Haddad confirmou que Lula pediu o recuo da medida. 

A intenção da equipe econômica inicialmente era taxar as compras internacionais. Fernando Haddad chegou a defender a medida, afirmando que não se tratava do aumento de impostos, mas de combate à sonegação. Ele sustentava a tese que como os varejistas nacionais pagam impostos e geram emprego no Brasil, há desequilíbrio no mercado e concorrência desleal.

O anúncio, no entanto, sofreu forte rejeição, o que acabou preocupando o presidente Lula que após a repercussão negativa nas redes sociais da proposta pressionou pelo recuo em uma reunião com Haddad na segunda (17), no Palácio da Alvorada.

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Apesar do recuo, Haddad afirmou que a isenção é apenas para transações entre pessoas físicas. Segundo ele o governo vai buscar medidas para que empresas sejam impedidas de usar brechas e receber o benefício. "Vamos ver do ponto de vista prático como coibir essa irregularidade", declarou.

O ministro disse ainda que recebeu apoio de empresas para ajudar na fiscalização de fraudes. Segundo Haddad, a equipe econômica vai checar experiências internacionais dos Estados Unidos, União Europeia e China para encontrar formas de coibir irregularidades. 




 

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