Gastos elevados

AGU pode pedir ressarcimento a Bolsonaro por gastos com cartão corporativo

Pedido pode ser direcionado ao próprio ex-presidente e também ao seu partido político, que já acumula multa na Justiça em outra ação.

Ipolítica, com informações de O Globo

Bolsonaro teve lista de gastos com cartão corporativos divulgados
Bolsonaro teve lista de gastos com cartão corporativos divulgados (Reprodução)

BRASÍLIA - A Advocacia-Geral da União (AGU) avalia pedir ressarcimento a Jair Bolsonaro de gastos com o cartão corporativo da Presidência da República.

O órgão pondera internamente, contudo, que tudo vai depender das justificativas do gasto com dinheiro público e do período em que o cartão foi utilizado apresentadas pelo ex-presidente. 

É possível, portanto, que a AGU peça reparação ao erário, ou seja, a devolução do dinheiro de forma integral.

Para chegar a conclusão, a pasta está cruzando informações das despesas do cartão com datas da campanha e pré-campanha presidencial. Se forem constatados gastos com fins eleitorais, estes teriam que ter sido restituídos pela campanha do candidato.

O PL, partido político do ex-presidente, também pode ser acionado para devolver o dinheiro público. A ordem dentro do órgão é que o trabalho seja feito com "discrição" e de maneira "exclusivamente técnica".

Dados sobre o cartão corporativo obtidos pela agência “Fiquem Sabendo” indicam que o recurso foi usado para adquirir combustível para motociatas, antidepressivos e comidas como picanha, caviar e camarão.

Padaria de São Luís 

Na quarta-feira, o Imirante revelou que o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), acumulou gastos de R$ 30 mil em uma padaria situada em São Luís com uso do cartão corporativo. Os dados divulgados pela agência Fiquem Sabendo, foram mapeados por um programador que criou um aplicativo para facilitar a consulta.

Na capital, o cartão corporativo de Bolsonaro foi utilizado como meio de pagamento em nove estabelecimentos, nos anos de 2020 e 2021.

Com hotéis, foram R$ 69 mil utilizados pelo ex-presidente. Em duas unidades de uma rede de supermercados, R$ 3,4 mil. 

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