Preocupação

Sarney Filho alerta para o risco de exploração das áreas indígenas

Ele enfatizou que as terras indígenas, hoje, são as áreas de menor índice de desmatamento do Brasil, funcionando como verdadeira barreira contra a degradação.

Imirante.com, com informações da Assessoria

Atualizada em 27/03/2022 às 11h14
Secretário do Meio Ambiente do Distrito Federal, Sarney Filho.
Secretário do Meio Ambiente do Distrito Federal, Sarney Filho.

BRASÍLIA - O secretário do Meio Ambiente do Distrito Federal, Sarney Filho, afirmou durante o seminário Perspectivas dos Direitos Constitucionais Indígenas, realizado pelo Ministério Público Federal, em Brasília, que vê com preocupação o discurso “de que os índios têm o direito de lucrar com a exploração minerária, energética e agropecuária de suas terras”.

Ele enfatizou que as terras indígenas, hoje, são as áreas de menor índice de desmatamento do Brasil, funcionando como verdadeira barreira contra a degradação. “O desmatamento que ocorre nessas reservas deve-se à atuação ilegal de agentes externos, como garimpeiros e madeireiros”, alertou.

O evento, promovido pela 6ª Câmara do MPF, coordenado pelo o subprocurador-geral da República Antonio Carlos Alpino Bigonha, contou com as presenças da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, desembargadores, ministros, especialistas em meio ambiente e líderes indígenas.
Pressão

“Infelizmente, estamos assistindo a uma renovada pressão na tentativa de impor aos indígenas um conceito de desenvolvimento completamente alheio e nocivo às suas tradições e aos seus valores”, lamentou .

Secretário do Meio Ambiente do Distrito Federal, Sarney Filho no durante o seminário Perspectivas dos Direitos Constitucionais Indígenas.
Secretário do Meio Ambiente do Distrito Federal, Sarney Filho no durante o seminário Perspectivas dos Direitos Constitucionais Indígenas.

Para o ex-ministro, “os indígenas que vivem em paz nos seus territórios – condição que, certamente, não é a regra – encontram modos sustentáveis de conduzir seu povo”.

Sarney Filho lembrou que durante os anos em que esteve à frente do Ministério do Meio Ambiente, montou uma agenda conjunta para discutir questões como recursos, mosaicos de áreas protegidas e valorização das brigadas indígenas no combate a incêndios florestais. A iniciativa foi coroada em 2018, com a transferência para o Ministério da coordenação da PNGATI – Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas.

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