"Golpe do Português"

Quadrilha de estelionatários portugueses é presa em Balsas

Estima-se que em uma semana, eles tenham arrecadado cerca de R$ 50 mil com o golpe.

Divulgação/SSP

Atualizada em 27/03/2022 às 12h00

BALSAS - Um trabalho de investigação coordenado pelos delegados Eduardo Galvão e Roosevelt Kenedy Monteiro resultou na prisão de uma quadrilha de estelionatários suspeita de aplicar golpes em advogados, médicos e empresários da região de Balsas. O bando composto por dois portugueses e um brasileiro, segundo a polícia, aplicava o crime conhecido “Golpe do Português”. Estima-se que em uma semana, os estelionatários tenham arrecadado aproximadamente R$ 50 mil com o golpe.

Durante a operação, que ocorreu no último sábado (16), na cidade de Balsas foram detidos o casal de portugueses Carlos Alberto Saúde Balão, 58 anos, natural da cidade de Sines Setúbal, e Maria José da Silva Rodrigues, 48, natural de Lisboa, ambas em Portugal. Na ação foi preso ainda Carlos Paulo Manuel Domingos, 23, natural de Brasília, genro do casal.

Com eles foram apreendidos dois veículos, sendo um Hyundai Azera de placa JIQ – 6233 de Brasília e um Honda CRV preto, placa NIP – 9293 de Teresina, avaliados em aproximadamente em R$ 100 mil cada um, além de máquinas de cartão de crédito e vários comprovantes de vendas dos produtos.

O trio foi preso pela Polícia Civil nas dependências de um hotel em Balsas após aplicarem golpe em um advogado residente naquele município. A vítima após descobrir que foi lesado acionou a Polícia para localizar o grupo. Somente com o advogado, a quadrilha teria lucrado aproximadamente R$ 1.400.

Golpe do Português

“Essa modalidade de crime é bastante específica e um pouco incomum, mas funciona como uma espécie de superfaturamento do produto comercializado. Os estelionatários chegam em cidades do interior em veículos de luxo e se apresentavam nos fóruns, escritórios de advocacia e consultórios médicos, oferecendo roupas e acessórios de grife, além de faqueiros e outros objetos de luxo”, explicou o delegado Eduardo Galvão, titular da 15ª delegacia Regional.

O delegado disse, ainda, que os estelionatários diziam às vítimas que estavam retornando ao País de origem e que haviam fechado uma loja e por conta disso seria inviável levar as roupas para Portugal. Eles contavam que os impostos no país lusitano eram altos e não seria possível paga-los.

Ainda segundo as investigações, todo o material apreendido foi adquirido em lojas da Rua 25 de Março e do Setor Brás, em São Paulo, onde as camisas eram adquiridas numa faixa de R$ 35 e revendidas pelo valor mínimo de R$ 150. A Polícia descobriu ainda que o grupo também superfaturava outros objetos.

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