SÃO LUÍS - Em plena ascendência, a cantora e compositora maranhense Rita Ribeiro tem mostrado ao público todo seu talento e sua versatilidade no palco. Atualmente integrando uma das caravanas do Projeto Pixinguinha, ela tem percorrido várias cidades brasileiras em shows que mesclam músicas de seus três CDs e interpretações do Tecnomacumba - projeto resultado da fusão de música eletrônica com batidas do candomblé -, que até o final deste ano deverá ser registrado em CD e DVD.
Com o Pixinguinha, a maranhense tem se apresentado em diversas capitais, entre as quais Florianópolis (SC) e Curitiba (PR), onde fará shows amanhã e dia 19 deste mês, respectivamente. Além dela, integram esta caravana os artistas Carlos Malta, Wando e Totonho e os Cabra. O elenco é dirigido por Irene Brietzke e já passou por Belo Horizonte, Vitória e São Paulo, entre outras cidades.
Para o projeto da Funarte, Rita conta que preparou um mix para lá de especial. “Juntei um pouco do Tecnomacumba com músicas que estão nos meus discos”, salientou a cantora em entrevista por telefone ao Alternativo.
No repertório que a maranhense mostra no Pixinguinha, merecem destaque Jurema, Cocada e Divino. Esta última foi apresentada ao público local no último show de Zeca Baleiro realizado em junho, na praça Maria Aragão. “Essa ladainha é muito bonita, garimpei com as caixeiras de Alcântara e canto logo no início do show. Isto causa um impacto muito bom no público”. De novidade, Rita traz uma versão de Cavaleiros de Aruanda, música que foi interpretada por Ronnie Von na década de 70 e que é apresentada por ela também no show Tecnomacumba.
Na opinião da artista, o Projeto Pixinguinha, que tem entre seus objetivos divulgar novos nomes da música brasileira, tem servido para que ela reencontre seu público. Das cidades nas quais já se apresentou, a surpresa, segundo Rita Ribeiro, ficou por conta de Vitória (ES). “Foi surpreendente. O local estava lotado e tive que fazer mais duas sessões”, diz.
Projetos
Paralelo às apresentações no Pixinguinha, Rita dá prosseguimento a outros projetos. Um deles é a batalha para registrar, em CD e DVD, o show Tecnomacumba, sucesso de público e crítica no Sudeste do país. “Tenho já alguns contatos com selos para viabilizar esse projeto, mas não gostaria de adiantar nada agora”, desconversa a artista, que espera ver este sonho realizado até o final do ano. Caso a previsão se concretize, o trabalho deverá chegar ao mercado em março de 2005.
Também fazem parte dos planos da cantora levar o projeto não apenas às cidades brasileiras, mas também ao exterior. Esse trabalho, que é visto pela maranhense como “um filho que deve ser parido em breve”, tem despertado curiosidade no público por onde ela se apresenta. “A começar pelo título, as pessoas querem ver do que se trata”, diz.
No repertório do show, estão músicas de Jorge Benjor, Gilberto Gil, Caetano Veloso e Dorival Caymmi, entre outros. Iansã, Cavaleiro de Aruanda, Domingo 23, Divino e Rainha do Mar fazem parte do repertório do show.
O projeto Tecnomacumba é uma fusão nascida de uma pesquisa feita pela própria artista sobre a música na religiosidade popular de todo o Brasil, especialmente no Maranhão. A isso, junte-se canções relacionadas ao tema, assinadas por grandes nomes da música brasileira e a batida eletrônica dançante.
O show, que já foi exibido no Rio de Janeiro e em São Paulo, volta à capital carioca ainda este ano.
Quanto aos fãs maranhenses, a cantora manda um recado: “Infelizmente não tenho previsão de fazer shows aí em são Luís, mas estou sempre visitando a cidade, tenho meus familiares, além do que gosto muito da Ilha”, observa.
Pixinguinha
O Projeto Pixinguinha voltará a São Luís terça-feira dia 19, quando os artistas Nivaldo Ornelas, Juarez Moreira, Renato Braz, Vera Capilé e Simone Guimarães farão show a partir das 19h, na concha acústica do Memorial Maria Aragão (Centro).
A primeira apresentação do Pixinguinha em São Luís reuniu Zé Renato, Mário Adnet, Virgínia Rosa e Nonato Luiz, que se apresentaram na Concha Acústica da Lagoa da Jansen, dia 21 do mês passado.
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