SÃO LUÍS – Assistente social e ativista periférica, Juliana Costa, mais conhecida como Jú do Coroadinho, é uma das vozes que ressoam a força da favela em São Luís. Em 2019, no Coroadinho – oitava maior favela do Brasil e a maior do Nordeste –, ela fundou o Coletivo de Mulheres Negras da Periferia que, nesta quarta-feira (16), completa 6 anos de referência em resistência e transformação.
Desde o início, a história de Jú se entrelaça com a do coletivo. O que começou como um movimento de mulheres negras organizadas pela sobrevivência e pelo direito ao território tornou-se uma referência comunitária para centenas de famílias. No decorrer desses anos, foram mais de 3 mil pessoas alcançadas em projetos de cultura, educação e assistência, além da distribuição de alimentos e produtos de higiene em momentos de crise, como durante a pandemia.
O coração do coletivo pulsa na Casa das Pretas, sede que se firmou como espaço de acolhimento, memória e formação. O trabalho realizado na casa, como: rodas de conversa, oficinas, ações culturais e encontros de ancestralidade criam pontes entre gerações. Impactando diretamente milhares de famílias.
Entre os projetos desenvolvidos estão o Elas sem Tabu, a Pretoteca, o Cine Coroadinho, a Cozinha Ancestral, o Tambor de Crioula Filhas de São Benedito, o Tambor Mirim e formações profissionais em trancista, culinária, barbearia e educação financeira. Neste ano, o coletivo inicia um novo ciclo, Jú do Coroadinho irá passar a presidência para Letícia Vieira, uma das diretoras da Casa das Pretas, fortalecendo a ideia de liderança compartilhada e da formação de novas referências femininas negras.
O Coletivo de Mulheres Negras da Periferia segue, assim, não apenas contando sua história, mas escrevendo futuros a partir da favela.
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