O Senador da República João Alberto (PMDB-MA) conversou com o jornalista Roberto Fernandes, no programa Ponto Final durante o Feriado de Tiradentes nesta quinta-feira (21), sobre o andamento do processo de Impeachment da Presidente Dilma Rousseff, que chegou na Casa um dia depois de ser aprovado na Câmara dos Deputados.
Ontem (20), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, informou que definiu uma proposta do tribunal para o roteiro do processo de impeachment e agora fica a cargo do Senado votar a admissibilidade do processo. Votação que ficou definida para a próxima semana.
Para admitir o processo são necessários 41 votos (metade do senadores), e caso seja admitido passam a ser necessários 54 votos (2/3 do Senado) para caçar o mandato da presidente.
"A comissão, formada por 21 membros, vai para aquele rito normal de discussão, da prova e da contraprova, quando ela aprova vai para o Plenário para saber se caça o não caça o mandato da presidente.", explicou o senador.
Sobre o seu posicionamento a respeito da votação o senador disse que ao assumir como um juiz do caso não pode se manifestar por nenhum lado, mas admitiu que não considera a realização de Pedaladas Fiscais como crime de responsabilidade.
Sobre a divisão de ideias a respeito do impeachment dentro do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), o senador disse que "infelizmente" seu partido tem diversas alas devido ao seu caráter plural.
"Você observa que o Presidente do Senado [Renan Calheiros] é do PMDB e tem uma posição contrária ao que está acontecendo. Já o Vice-Presidente da República [Michel Temer], que é do PMDB, tem outra posição", exemplificou.
Ouça a entrevista:
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