PONTO FINAL

Rodrigo Lago comenta sobre crise entre Brandonistas e Dinistas

Deputado estadual foi entrevistado nesta sexta-feira (4) no programa Ponto Final da Mirante News FM

Mirante News FM

Rodrigo Lago, convidado da edição desta sexta-feira (4) do programa Ponto Final
Rodrigo Lago, convidado da edição desta sexta-feira (4) do programa Ponto Final (Armando Mendes/Mirante News FM)

SÃO LUÍS - Durante entrevista ao programa Ponto Final desta sexta-feira (4), o deputado estadual Rodrigo Lago (PCdoB) falou sobre a possível crise que está tendo entre os Brandonistas e os Dinistas.

“Flávio está fora da política, o Flávio Dino hoje é ministro do Supremo, está cumprindo uma missão importantíssima de defender a Constituição Federal, mas ele fez uma história no Maranhão. Ele foi governador do estado durante sete anos e três meses, foi eleito senador da república, antes já havia exercido o mandato de deputado federal, depois foi ministro da justiça, e há um debate sobre a necessidade de esquecer, de se esquecer, de apagar esse passado. Então, há alguns membros que faziam parte do governo dele ou que davam sustentação ao seu governo que se sentem obrigados a defender esse legado. Ontem teve um debate com o líder do governo na Assembleia, deputado Neto Evangelista, onde ele cobrava que a gente esquecesse o Flávio Dino, o deputado Adelmo, que foi secretário de Estado da Agricultura Familiar do governo Flávio Dino, foi dali que ele conseguiu projeção para se eleger deputado estadual e ele chegou a dizer textualmente que, olha o legado do Flávio Dino tem que ser deixado para trás, mas não, ele tem a sua história, assim como, por exemplo, a Roseana Sarney tem a história dela como governadora, como o Jackson Lago tem a história dele, o Zé Reinaldo também tem a sua história, então a gente não pode apagar quem exerceu esse cargo, quem ocupou esse cargo. E aí naturalmente criaram esse carimbo, De Brandonistas e Dinistas, sendo os tais Dinistas, aqueles que defendem o legado do governo que nós fizemos parte, que nós lutamos pela conquista da eleição e depois nós lutamos para transformar o Maranhão segundo a nossa visão”, destacou Rodrigo Lago.

O deputado ainda destacou que o motivo da crise seria pela falta de diálogo entre os dois grupos.

“Alguns hoje estão querendo negar o governo Flávio Dino e outros pior ainda que estiveram com o Flávio Dino do começo ao fim do seu governo e hoje o traíram o seu legado, traíram a sua história e não foi de hoje, desde dois mil e vinte dois, desde a eleição. Então é esse que é o questionamento, isso gera realmente um embate, o governo e eu tenho dito muito isso, o governo não dialoga e aí toda vez que chegava um projeto de lei para Assembleia, uma medida provisória, alguma medida do governo, quando alguns membros do que eram do governo anterior, na época ligados ao próprio Flávio na política, fazia alguma crítica, o governo se zangava, se chateava, o governador reclamava, tinha retaliações políticas para esses membros, eu sofri retaliações também nesse sentido, outros colegas também sofreram, o deputado Carlos Lula também sofreu, então acabou que criou um clima, realmente, de animosidade e, para agravar, muitos erros do governo e aí esses erros do governo quem tem mandato não pode ficar calado, um cidadão não precisa se manifestar, ele está cuidando da sua vida, se quiser se manifestar, se manifesta, mas quem tem um mandato eletivo não pode ficar calado eh sem nenhum tipo de diálogo, quando o governo ouve, você vai no governo, nos bastidores, manifesta sua crítica e espera a correção. Quando você não é ouvido nos bastidores, só tem uma resposta a você dar, ocupar a tribuna da Assembleia, ocupar os espaços públicos para divulgar a crítica e torcer que o governo recue de alguma medida, eu faço algum ajuste na máquina administrativa”, disse.

Rodrigo Pires Ferreira Lago foi eleito pelo PCdoB para seu primeiro mandato, no pleito de outubro de 2022. É sobrinho do ex-governador Jackson Lago. Rodrigo Lago é advogado e ferrenho defensor da Constituição e da democracia. Teve forte atuação como conselheiro seccional e federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), tendo sido diretor presidente da Escola Superior da Advocacia.

Foi, também, o primeiro secretário de Transparência do governo do Maranhão (2015-2018), chefe da Casa Civil do governo estadual (2018), secretário de Articulação Política e Comunicação (2019-2020) e titular da Secretaria de Agricultura Familiar (2021-2022), onde implantou e coordenou o programa ‘Comida na Mesa’. Foi, ainda, presidente da Companhia de Gás do Maranhão (Gasmar).

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