Fim de ano

Natal deve atrair 72,7% dos consumidores, garante Fecomércio

Pesquisa entrevistou 700 pessoas na capital maranhense entre homens e mulheres.

Imirante.com, com informações da assessoria

Atualizada em 27/03/2022 às 11h27
(Andrezza Röhrig/GES)

SÃO LUÍS - A pesquisa de intenção de consumo para o Natal 2016 realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Maranhão (Fecomércio-MA) em parceria com o Sebrae Maranhão, revela que 72,7% dos ludovicenses pretendem ir às compras em função da data, o que indica que sete a cada dez consumidores estão dispostos a comprar presentes nesse período. Na comparação com o mesmo período do ano passado, os dados indicam uma redução de -8,09% nas intenções de comprar presentes. A pesquisa demonstra, ainda, que 20,8% não irão comprar produto e 6,5% não sabe ou não respondeu.

De acordo com a Fecomércio, apesar da possível queda nas vendas em relação a 2015, o Natal deve representar uma retomada da confiança dos consumidores em comparação aos meses anteriores deste ano, já que houve recuperação gradual de indicadores econômicos como a Pesquisa Mensal do Comércio, Índice de Confiança do Empresário e Intenção de Consumo das Famílias, que demonstraram resultados positivos nos últimos meses, reforçando a perspectiva de recuperação para o fim deste ano e início de 2017. Aliado a isso, o forte apelo emocional do período também contribui para a motivação e aquecimento das vendas.

“O ano de 2016 foi fortemente afetado pelo desemprego e endividamento. Por outro lado, pesquisas junto a empresários e consumidores demonstram que nos últimos meses houve uma recuperação no volume de vendas e na receita nominal do setor do comércio maranhense, o que demonstra uma recuperação pontual da demanda das famílias face o consumo. Além disso, os empresários estão mais confiantes e terão a oportunidade de planejar investimentos estratégicos para atrair os consumidores e aumentar as vendas”, explicou o presidente em exercício da Federação do Comércio do Maranhão, Marcelino Ramos Araújo.

A pesquisa de intenção de consumo para o Natal entrevistou 700 pessoas na capital maranhense entre homens e mulheres com mais de 18 anos nos principais pontos de circulação de consumidores na cidade. A margem de erro da amostra é de 3,7% e o nível de confiança da pesquisa é de 95%.

Consumo

O levantamento da Fecomércio, em parceria com o Sebrae, indica que 18,8% dos entrevistados demonstraram interesse em comprar apenas um produto, 29,4% afirmaram que devem comprar até dois produtos, 22,7% comprar três produtos, 9,2% comprar quatro produtos e 19,8% comprar cinco ou mais produtos. Em comparação ao ano de 2015, observam-se as reduções de -54,6% na intenção de comprar até um produto e de -8,13% entre aqueles com desejo de consumir até dois produtos. Por outro lado, houve aumentos de +46,4% na intenção de consumir até três produtos, +95,7% para quem deseja comprar quatro produtos e de +209,4% para aqueles que afirmam que irão consumir cinco ou mais produtos.

A lista de produtos mais citados pelos consumidores para o Natal deste ano em São Luís é encabeçada por itens de vestuário com 60,7% de intenção de consumo e brinquedos com 31,6%. Os dois tipos de produtos que lideram a preferência do consumidor registraram, respectivamente, reduções de -1,94% e -8,14% nas intenções de compra em relação ao ano passado. Também aparecem nas escolhas dos consumidores neste ano os itens calçados/cintos/bolsas com 22,2%, perfumaria e cosméticos com 8,2%, livros com 3,7%, artigos de cama, mesa e banho com 3,4%, joias e relógios com 3,3%, celular/smartphone com 1,3% e aparelho de som e imagem (televisão, aparelho de DVD) com 1,2%.

Para o consultor econômico da Fecomércio-MA, Eduardo Campos, a queda de preferência por alguns artigos em relação ao ano passado, deve-se a necessidade do consumidor em optar por itens com valores menores, possibilitando um volume maior de compras para presentear um número maior de pessoas. “A oportunidade de investimento no setor varejista deve se concentrar na massificação de artigos de menor valor agregado, com a maior variedade possível, para elevar a receita nominal de vendas a partir de um volume maior de vendas de produtos”, ressaltou o especialista.

Em relação às comemorações do Natal deste ano, 89,0% dos consumidores afirmaram que vão celebrar a data, enquanto 9,7% informaram que não comemorarão a data e 1,3% não sabe. Quanto aos gastos para o período, a média do valor do presente pretendido pelo consumidor este ano foi calculado em 125 reais, enquanto a média do valor total da compra, considerando os gastos com a comemoração e aqueles que irão comprar mais de um produto para presentear, foi calculado em 327 reais.

Locais e pagamento

De acordo com a pesquisa, 44,5% dos consumidores pretendem comprar os presentes nas lojas de Shopping Centers, seguida pelas lojas do Centro Comercial com 40,1%, lojas de rua, bairro e galerias com 15,5%. Em relação ao ano passado, as lojas dos Shoppings experimentaram uma retração de -25,1% nas intenções de compras, enquanto as lojas do Centro Comercial apresentaram uma elevação de +35,5% nas indicações dos ludovicenses, assim como as lojas de rua, bairro e galerias que também avançaram +27,5% na preferência dos consumidores para o Natal deste ano.

A forma de pagamento preferida pelos consumidores para o Natal deste ano continua sendo a modalidade de pagamento à vista em dinheiro, que registrou 53,2% da indicação entre os entrevistados, tendo 38,8% optado pelo uso do cartão de crédito, 19,7% opta pelo uso do cartão de débito e 0,9% optado pelo uso de carnês/crediário em lojas como modalidade de pagamento. Em relação ao ano passado, a preferência pelo pagamento à vista em dinheiro aumentou 22,6% e pelo cartão de débito avançou 2,1%, enquanto a tendência pelo uso do cartão de crédito reduziu -23,0%.

“Podemos identificar nessa análise uma boa oportunidade para os lojistas em captarem maiores recursos de entrada em seu caixa por vendas realizadas à vista com dinheiro durante as vendas do fim de ano, muito em face da percepção do cliente com relação aos juros praticados na modalidade do cartão de crédito que tradicionalmente se destaca como preferência em datas festivas”, destacou Eduardo Campos.

Em relação ao dia em que os consumidores pretendem ir às compras, 44,9% disseram não ter dia certo, 33,1% revelaram o sábado com dia preferencial e 9,3% a quarta-feira. O estudo também apontou quais os motivos que levam aos consumidores a entrarem nas lojas e efetuarem as compras. Para 51,9% dos entrevistados, as promoções são o fator primordial no momento das compras, já 29,9% apontam para os preços como o fator que mais influencia nessa hora, seguido das vitrines (21,8%), qualidade dos produtos (17,3%), variedades (12,1%) e a recepção dos vendedores (6,3%).

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