Feminicídio e homicídio

Suspeito de matar ex-mulher e namorado dela atropelados é preso ao se apresentar à polícia em Imperatriz

Já havia um mandado de prisão expedido contra ele por assassinar a ex-mulher e o namorado dela atropelados.

Tátyna Viana/Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h02
Suspeito e vítima momento antes do atropelamento.
Suspeito e vítima momento antes do atropelamento. (Foto: Divulgação / Redes Sociais)

IMPERATRIZ - O suspeito de atropelar e matar a ex-companheira, Ana Cléia da Silva, de 38 anos, e o namorado dela, Diego Bezerra, de 33 anos, na MA-122, em acidente ocorrido na última quarta-feira (7), se apresentou nessa segunda-feira (12) à Polícia Civil, em Imperatriz, acompanhado de advogado, e ficou preso.

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Já havia um mandado de prisão expedido contra Antônio Carlos de Santana Alcantara, conhecido como Carlinhos, que é investigado no caso como autor do feminicídio e do homicídio, porque ele não aceitava o fim do relacionamento com a ex-mulher.

O acidente que terminou em morte teria sido proposital, segundo a polícia, porque os freios da caminhonete que Carlinhos dirigia não foram acionados, segundo a perícia.

O delegado Erich Feitosa Gomes, responsável pelo caso, diz que pode ter sido uma estratégia da defesa a demora na apresentação para fugir do flagrante - seis dias após o crime -, mas o delegado já havia representado pela prisão preventiva do suspeito.

Carlinhos ainda vai ser ouvido formalmente.

O acidente

O acidente aconteceu na MA-122, entre os municípios de Senador La Rocque e Buritirana, por volta de 21h, dessa quarta-feira. Horas antes, segundo a polícia, estava ocorrendo o aniversário da filha do casal em uma residência, no povoado Jenipapo, situado em Buritirana e, após uma discussão entre o ex-casal na festa, Ana Cleia teria saído do local e foi seguida pelo ex-marido, que ao constatar que ela estava com outro homem, colidiu a caminhonete na moto do casal de forma proposital. Testemunhas confirmaram a suspeita da polícia.

A Polícia Civil informou que a vítima já tinha solicitado medida protetiva em fevereiro de 2021, na Defensoria Pública do Estado do Maranhão (DPE-MA) e que a medida estava vigente, com validade de 360 dias, obrigando o agressor a se afastar da vítima, mas ela não teria comunicado à polícia que continuava sofrendo ameaças.

Só após a morte do casal, a polícia teve acesso a áudios em que o suspeito do crime ameaçava de morte a ex-companheira por não se confirmar com o término do relacionamento que chegou ao fim há cerca de seis meses.

Ana Cleia era professora da Escola Costa e Silva, em Senador La Rocque. Diego era bombeiro civil e morava em Imperatriz.

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