Caso Taxista

"Ele pediu pra morrer", diz suspeito de matar taxista

Jonas Feitosa confessou ter matado o taxista Eurico Neres.

Diana Cardoso / Imirante Imperatriz

Atualizada em 27/03/2022 às 11h42

IMPERATRIZ - Jonas Feitosa da Silva, de 21 anos, suspeito de assassinar com um tiro na cabeça, no dia 23 de maio, o taxista Eurico Neres Costa, de 54 anos, foi apresentado pelo delegado regional de Imperatriz, Eduardo Galvão, à imprensa na manhã desta segunda-feira (1º). O suspeito foi preso nesse fim de semana na cidade paraense de Santa Luzia.

 Jonas Feitosa confessou ter matado o taxista Eurico Neres. (Foto: Divulgação/ Imirante Imperatriz)
Jonas Feitosa confessou ter matado o taxista Eurico Neres. (Foto: Divulgação/ Imirante Imperatriz)

Jonas Feitosa, que confessou a autoria do crime, tentou se justificar alegando aos policiais que a intenção dele não era matar o taxista. O crime, segundo ele, foi uma consequência de um impulso, uma "necessidade". diante da reação da vítima.

“Acho que ele estava sofrendo de alguma coisa, pediu até pelo amor Deus para eu matar ele, insistiu. Foram três horas de negociação e eu querendo ir embora. Eu não estava com a intenção de fazer isso, foi à necessidade, foi por impulso, eu só queria dinheiro para seguir viagem”, conta o suspeito de matar o taxista.

Filho de taxista, Jonas foi questionado em entrevista se estaria arrependido de matar Eurico. Ele revelou-se arrependidoe que tudo foi um grande erro:“todo ser humano erra, e este foi um erro meu. Estou arrependido. A primeira coisa que passa pela a cabeça é a decepção da família, sou filho mais novo de cinco irmãos, meus pais nunca passaram por isso, acho que é uma decepção”.

 O delegado regional de Imperatriz, Eduardo Galvão. (Foto: Divulgação/ Imirante Imperatriz)
O delegado regional de Imperatriz, Eduardo Galvão. (Foto: Divulgação/ Imirante Imperatriz)

O delegado Eduardo Galvão, explicou que a investigação sobre o crime começou priorizando saber o destino de todos os passageiros do Pará, que estavam no ônibus que veio de Goiânia. Jonas, principal suspeito, foi preso com o carro do taxista com os vidros fumê na cidade de Santa Luzia, no Estado do Pará.

“Recebemos a informação de que o suspeito estava praticando assaltos numa cidade próxima de Ulianópolis no Pará, não confirmamos. Passamos a priorizar todos os passageiros que eram do Pará e estavam no ônibus. Jonas era o principal suspeito, saímos daqui com o Mandado de Prisão em mãos, acionamos a polícia de lá e ele foi preso assim que entrou em Santa Luzia”, diz.

Sobre o depoimento que Jonas prestou ao delegado, disse que veio de Goiânia com três intenções: vender a arma, ou praticar um assalto para conseguir dinheiro e chegar a Santa Luzia.

“Ele trouxe inclusive as cordas, o primeiro taxista que ele encontrou, anunciou o assalto. Segundo ele, até o local pediu o dinheiro ao taxista, que mostrou onde estava. ‘Se ajoelhe que vou lhe amarrar’ e o taxista resistiu, depois dos disparos, ele disse que jogou as cordas no local e seguiu para o Pará”, conta delegado.

O delegado informou, ainda, que Jonas é suspeito de praticar um crime semelhante em cidade próxima à Santa Luzia, mas que cabe a polícia do Pará investigar o caso.

 Segundo o delegado regional, Jonas Feitosa teria escurecido com fumê os vidros do carro do taxista. (Foto: Divulgação/ Imirante Imperatriz)
Segundo o delegado regional, Jonas Feitosa teria escurecido com fumê os vidros do carro do taxista. (Foto: Divulgação/ Imirante Imperatriz)

Com o suspeito foi encontrado o carro do taxista com vidros escurecidos (fumê), uma mala, e uma capa vermelha que Jonas vestiu no dia do crime. A arma que pode ser a utilizada no crime, ele tinha vendido por R$ 500, mas a polícia conseguiu recuperar.

“Todos os exames periciais no veículo serão feitos, para averiguar vestígios de sangue. O carro tem uma perfuração, segundo ele de outra arma que se desfez para fazer dinheiro e vamos fazer comparação balística da arma o mais rápido possível”, garante o delegado.

Jonas Feitosa, que está preso na delegacia regional, será transferido para a Unidade de Ressocialização de Presos (URP), antiga CCPJ de Imperatriz, onde ficará à disposição da Justiça.

O crime

O taxista Eurico Neres desapareceu no dia 23 de maio após pegar um passageiro para uma corrida normal em Imperatriz, mas não voltou mais para casa.

O corpo dele foi achado no dia 27 de maio, já em avançado estado de decomposição. O corpo foi encontrado por uma pescadora próximo a um bueiro na Vila Chico do Rádio.

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