Autismo

Seminário discute diagnóstico e tratamento do autismo em ITZ

Cerca de 200 pessoas participam do evento, que objetiva qualificar profissionais da área.

Rhaysa Novakoski / Imirante Imperatriz

Atualizada em 27/03/2022 às 11h44
 A psicóloga Nádia Borges falou sobre as características gerais e tratamento do TEA. (Foto: Rhaysa Novakoski/ Imirante Imperatriz)
A psicóloga Nádia Borges falou sobre as características gerais e tratamento do TEA. (Foto: Rhaysa Novakoski/ Imirante Imperatriz)

IMPERATRIZ – O II Seminário Tratamento e Escolarização de Crianças e Adolescentes com Transtorno do Espectro Autista sobre Autismo discute, na manhã desta sexta-feira (10), o diagnóstico, tratamento e educação de crianças com autismo em Imperatriz.

A psicóloga Nádia Borges, que atua no acompanhamento de crianças com Transtorno Espectro Autista (TEA), foi a primeira palestrante. Na sua fala, ela apresentou quais são as caraterísticas clínicas gerais do transtorno e a importância do diagnóstico precoce. Segundo Nádia, o acompanhamento dessas crianças não é tão complexo, como o preconceito elabora.

“Eu faço minhas as palavras de um professor que tive, que dizia que quando você estiver diante de uma pessoa e você não souber o que fazer, não precisa fazer nada, deixa que ela te diga o que precisa e ela vai te mostrar o caminho do que ela realmente deseja. Então, é preciso usar bom senso, estimular e acima de tudo, dar afeto”, afirma.

 Jhonnata, de 15 anos, emocionou os participantes. (Foto: Rhaysa Novakoski/ Imirante Imperatriz)
Jhonnata, de 15 anos, emocionou os participantes. (Foto: Rhaysa Novakoski/ Imirante Imperatriz)

Durante a palestra, Jhonnata Dias Silva, 15 anos, se apresentou para os participantes. O adolescente cantou uma música e emocionou a todos. Antes da apresentação Jhonnata falou que as crianças com autismo precisam de amor. “É muito importante que as crianças recebam amor, mesmo quando elas têm problemas”, falou.

O menino cantou uma música que aprendeu durante as aulas de violão no Centro de Atenção Psicossocial (CAPs). Ele explica que sempre gostou de cantar.

“Desde criança eu sempre gostei de cantar. Com o tempo, Deus me deu esse dom e eu pude cantar, até na minha escola. Aí eu entendi que Deus me deu esse talento para eu ver, realmente, que eu era importante. Mas não só eu, mas outras crianças que têm outros talentos”, conta.

A mãe de Jhonatan, chorou durante a apresentação e conta que, quem acompanha o filho dela desde o começo se emociona, porque percebe o quanto ele evoluiu. Ela aconselha que outras mães não desistam dos filhos.

 Foram cerca de 200 participantes inscritos no evento (Foto: Rhaysa Novakoski/ Imirante Imperatriz)
Foram cerca de 200 participantes inscritos no evento (Foto: Rhaysa Novakoski/ Imirante Imperatriz)

“Pra gente que é mãe não é fácil. Pra mim e para minha família não foi fácil. Mas eu aconselho que elas (outras mães) não desistam, porque se elas forem dar ouvidos para o que as pessoas falam você nunca vai vencer na vida. Eu insisti e está aí o resultado”, fala.

A coordenadora do CAPs, Dilcinei Barros, explica que o seminário faz parte do calendário de formação profissional dos funcionários da saúde mental do município, mas que, esse ano, ele foi estendido para toda a rede de assistência para crianças com transtorno mental e autismo, incluindo a rede privada.

“A nossa intenção é trazer para este seminário o que que existe no município em questão de assistência, quais são as nossa problemáticas, quais são as nossas soluções, como trabalhar em parceria com essas instituições. É sim um treinamento, uma capacitação, mas, também, é uma avaliação dessa assistência dentro do município de Imperatriz”, explica.

O evento começou na manhã desta sexta-feira (10), com cerca de 200 participantes, e deve ir até este sábado (11), no Centro de Formação Continuada de Professores.

Veja o vídeo da apresentação de Jhonnata:

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