Atlas do Desenvolvimento Humano

Em 20 anos, número de pobres em Imperatriz reduz quase 75%

Dados são do Atlas do Desenvolvimento Humano, divulgado nesta terça (25).

Diego Sousa / Imirante Imperatriz

Atualizada em 27/03/2022 às 11h48

IMPERATRIZ - Dados do Atlas do Desenvolvimento Humano, divulgado nesta terça-feira (25), revelaram uma redução de quase 75% no número de pobres que vivem em Imperatriz, em 20 anos. A pesquisa, que é realizada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), em parceira com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Fundação João Pinheiro, coloca o município a frente de grandes capitais brasileiras, como São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Fortaleza e Belém.

Em 1991, Imperatriz tinha 54,78% dos habitantes vivendo na pobreza, ou seja, mais da metade dos imperatrizenses possuíam renda domiciliar per capita inferior a R$ 140 (a preços de agosto de 2010). Duas décadas depois, esse índice caiu para 14,35%, representando uma redução de 73,8%.

 Nos últimos dez anos, Imperatriz também avançou no ranking entre as cidades do Maranhão com melhor IDHM. (Infográfico: Diego Sousa / Imirante Imperatriz)
Nos últimos dez anos, Imperatriz também avançou no ranking entre as cidades do Maranhão com melhor IDHM. (Infográfico: Diego Sousa / Imirante Imperatriz)

Já em relação à extrema pobreza (renda domiciliar per capita inferior a R$ 70), o município teve índices de redução bem mais expressivos. Mais de 85% dos imperatrizenses saíram dessa estatística, nos últimos 20 anos.

Ainda de acordo com o estudo, a renda per capita média de Imperatriz cresceu 120,81% nas últimas duas décadas. No ano de 1991, os imperatrizenses recebiam, em média, R$ 278,01. Em 2010, a renda por habitante mais que dobrou, registrando o valor de R$ 613,87.

Índice de Gini

Para avaliar melhor a distribuição da renda, o Atlas calcula o Índice de Gini, que aponta a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos.

O índice varia de 0 a 1, sendo que 0 representa a situação de total igualdade, ou seja, todos têm a mesma renda; e o valor 1 significa completa desigualdade, ou seja, quando uma só pessoa detém toda a renda do município. Em Imperatriz, esse grau de concentração de renda passou de 0,62, em 1991, para 0,56, no ano de 2010.

Ranking

Considerando o Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM), Imperatriz avançou no ranking, entre os municípios maranhenses. Em 1991, com IDHM de 0,444, Imperatriz ocupava a terceira posição no Estado. Segundo a pesquisa, o município possuía IDHM muito baixo, considerando as faixas de desenvolvimento humano. No ano 2000, Imperatriz se manteve na mesma posição do ranking, mas com IDHM de 0,591 (classificado como baixo).

Em 2010, o município teve um grande avanço. O IDHM subiu para 0,731, colocando Imperatriz na faixa de desenvolvimento humano considerada alta, o que elevou o município para a segunda posição do ranking estadual, deixando para trás a cidade de Paço do Lumiar, na Região Metropolitana de São Luís, que passou da segunda para a terceira posição.

Educação

O resultado da pesquisa mostrou, também, grande evolução nos índices de escolaridade dos imperatrizenses. Em 1991, apenas 7,31% dos jovens entre 18 e 20 anos possuíam ensino médio completo. No ano de 2010, o índice subiu para 48,07%.

O total de adultos (25 anos ou mais) com nível superior completo também evoluiu de forma expressiva. Apenas 2,1% havia concluído um curso de graduação, em 1991. Duas décadas depois, 7,9% já haviam concluído o nível superior.

Brasil

A pesquisa foi realizada em diversas regiões metropolitanas do país. A Grande São Luís foi considerada a região que possui melhor acesso à educação, superando grandes centros, como São Paulo, Curitiba e Distrito Federal.

Mas apesar dos avanços em todas as regiões, de acordo com o Ipea, a desigualdade dentro dos municípios ainda é um fator marcante. O instituto afirmou que, a partir da análise dos dados é possível concluir que mesmo nas regiões metropolitanas mais carentes, como Manaus e Belém, há “bolsões” com alto desenvolvimento humano.

O Atlas contribui para a análise das desigualdades socioeconômicas, apontando com mais clareza os desafios que a gestão pública tem pela frente.

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