IMPERATRIZ – Com objetivo de discutir os impactos socioambientais, que compreendem o desmatamento, a poluição e o não favorecimento das camadas populares, um seminário está sendo realizado com movimentos, trabalhadores rurais, indígenas, organizações não governamentais e comunidades que estão localizadas nas proximidades da estrada de Ferro Carajás. Além de pesquisadores, Ministério Público, Defesa Civil, Ibama e estudantes.
O Seminário “Carajás 30 anos: um olhar para os grandes projetos da região Tocantina”, busca discutir, a partir de um olhar crítico, os 30 anos do Programa Grande Carajás. Com o intuito de mostrar a realidade da região após o surgimento desses projetos, desconstruindo o conceito de “desenvolvimento”.
“Já estudo aqui há 30 anos, fiz muitas pesquisas e pode-se observar que a ideia de desenvolvimento não é sustentável, que é passível de críticas que começam pelo dado curioso, concentração da terra que privilegiou o agronegócio. Em consequência prejudica as quebradeiras de coco, os pequenos agricultores, o que modifica a paisagem. Estes impactos socioambientais desestruturam a sociedade e desorganizaram diversos sistemas,” enfatizou o pesquisador e doutor da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Alfredo Wagner.
O evento é promovido pelo Fórum Carajás, Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Universidade Estadual do Maranhão (Uema) e Rede Justiça nos Trilhos. Durante o evento serão realizadas mesas redondas com pesquisadores reconhecidos nacionalmente como Alfredo Wagner, Edna Castro e Bartolomeu Rodrigues, respectivamente professores dos estados do Amazonas, Pará e Maranhão.
O Seminário começou hoje (16) e se estende até a sexta-feira (18). As mesas redondas serão realizadas no auditório da Secretaria Municipal de Saúde minicursos, oficinas, apresentações de trabalhos e programação cultural. O evento é uma etapa preparatória do Seminário Internacional Carajás 30 anos que ocorre no próximo ano em São Luís.
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