Maranhão

Seminário discute os 30 anos do Programa Grande Carajás

O evento reúne professores, pesquisadores, estudantes e militantes sociais.

Imirante Imperatriz, com informações da UFMA e Rede Justiça nos Trilhos.

Atualizada em 27/03/2022 às 11h55

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MARANHÃO – A avaliação sobre os processos desencadeados pelo investimento em mineração, siderurgia e projetos de "desenvolvimento regional", implementados a partir do programa Grande Carajás, são as principais pautas do Seminário Internacional Carajás 30 anos, que começou nesta segunda-feira (5) e vai até o dia 9.

O evento ocorre no Centro de Convenções da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), em São Luís. O seminário tem como tema a "Resistência e mobilizações frente a projetos de desenvolvimento na Amazônia Oriental".

O evento busca conscientizar a população dos inúmeros impactos sociais, econômicos, culturais e ambientais, que trazem a destruição de milhares de hectares, a retirada de madeira e a poluição de rios. Um dos exemplos de comunidades que vivenciam estes problemas decorrentes desses grandes empreendimentos é a comunidade de Piquiá de Baixo, em Açailândia.

 O evento reúne representantes de diversos países. (Foto: Divulgação / Rede Justiça nos Trilhos)
O evento reúne representantes de diversos países. (Foto: Divulgação / Rede Justiça nos Trilhos)

Para o músico Chico Nô, natural de Imperatriz, o seminário terá cinco dias de agitação cultural e de muito debate, que objetivam modificações. O seminário discutirá, por meio do diálogo dos saberes, as necessidades das comunidades.

"A importância está no tratamento das políticas públicas, conectando a cada saber os métodos e os conflitos. Será um encontro ímpar, pois através dos movimentos sociais, em uma constante reciprocidade com a comunidade acadêmica, haverá uma maior compreensão dos conflitos e da fundamentação dos ideais", afirmou o membro da organização do Seminário, padre Dário Bossi.

A mesa-redonda de abertura tratou sobre as resistências e mobilizações frente aos projetos de desenvolvimento na Amazônia brasileira. A mesa recuperou o processo histórico de construção do debate sobre o Programa Grande Carajás, com apresentação dos seminários locais e da metodologia do Seminário.

 Um grande público compareceu no primeiro dia de evento. (Foto: Divulgação / Rede Justiça nos Trilhos)
Um grande público compareceu no primeiro dia de evento. (Foto: Divulgação / Rede Justiça nos Trilhos)

A professora da UFMA de Imperatriz, Vanda Pantoja, que participou da mesa de abertura, apresentou os resultados do seminário regional de Imperatriz e destacou a importância das articulações locais na preparação para o evento internacional. De acordo com a professora, o contato entre comunidades de diversas localidades proporcionam ganhos para os próximos anos de lutas das populações atingidas.

O Seminário Carajás 30 anos contará com 75 palestrantes, oriundos de 11 países diferentes. "O diálogo e a troca de experiências através dos meios populares possibilitarão o conhecimento, de forma a ampliar a pesquisa sobre o Grande Carajás", enfatizou coordenador geral do evento, Horácio Antunes.

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