Interventora da FMF fala em “diálogos com os clubes” e prega transparência e cumprimento de diretrizes do MP-MA
Responsável por gerir a FMF por 90 dias, Susan Lucena Rodrigues foi nomeada após decisão do juiz Douglas de Melo Martins, da Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís.
SÃO LUÍS - Nomeada pelo juiz Douglas de Melo Martins, da Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís, como interventora da Federação Maranhense de Futebol (FMF), a advogada Susan Lucena Rodrigues falou em entrevista ao Globoesporte Maranhão sobre sua missão à frente da entidade que gerencia o futebol no estado. Ela ficará no cargo por 90 dias e terá autonomia para fazer um levantamento completo sobre a situação financeira, patrimonial, contábil e documental da FMF e do Instituto Maranhense de Futebol (IMF). Nesta segunda-feira (4), Douglas de Melo Martins afastou o presidente da federação, Antônio Américo, e o presidente do IMF, Sílvio Arley Brito Fonseca, além de todo o corpo diretivo da FMF.
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Susan Lucena explicou quais seráo os seus primeiros passos à frente da FMF e falou em “diálogos com os clubes”.
“Os próximos passos é levantar as informações que foram sugeridas na decisão judicial. É um cumprimento estrito ao que conta na decisão do juiz Douglas de Melo Martins para que a gente possa compreender o atual momento da Federação e trabalhar as ações de transparências, de controle. Analisar os últimos cinco anos, das prestações contábeis. Foi identificada uma confusão patrimonial, uma perda patrimonial. Então, a gente precisa fazer a confirmação de tudo isso. Dialogar com os clubes, para que a gente posso trabalhar já as próximas eleições”.
Na sequência, ela falou em seguir as diretrizer apontadas pelo Ministério Público, autor da ação que pediu o afastamento da direção da FMF.
“É um período de 90 dias, mas que a gente vai trabalhar com muita determinação, com muita transparência, que também é um dos objetivos. E com muita técnica. Um dos objetivos de eu ter sido escolhida, o motivo, é o fato da minha imparcialidade. De fazer com que todas as orientações e sugestões, que foram pleiteadas pelo Ministério Público, e concedidas pelo Dr. Douglas, sejam devidamente cumpridas”.
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Segundo o Ministério Público, 17 dirigentes da federação - incluindo o presidente da FMF, Antônio Américo Lobato Gonçalves, e o presidente do IMF, Sílvio Arley Brito Fonseca -, foram denunciados. Essa ação tramita na Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís. O MP afirma que essa ação tem valor de causa fixado em R$ 2 milhões e inclui pedido de tutela de urgência, ou seja, liminar, para que as entidades passem a cumprir imediatamente suas obrigações legais de publicidade e transparência.
O Ministério Público informou que fez diligências para apurar as denúncias e foi constatado que o site da Federação estava fora do ar, impossibilitando o acesso público às informações obrigatórias. “Além disso, a FMF respondeu ao MP alegando ser uma entidade privada, sem fins lucrativos e sem recursos públicos, e que, por isso, não estaria obrigada a cumprir as normas da Lei Geral do Esporte sobre transparência digital”, disse o MP.
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