SANTIAGO – A delegação brasileira fechou os Jogos Pan-Americanos de Santiago, no Chile, com um recorde de medalhas, 205 ao todo, e o Maranhão estava bem representado no time Brasil. Ao todo, os maranhenses conquistaram sete medalhas, quatro ouros e três bronzes. Os pódios vieram com Rayssa Leal (ouro) no skate, Bruno Lobo (ouro), no kitesurf, Ana Paula (ouro), no handebol (ouro), Thiery (ouro), no vôlei, Marlon Zanotelli (bronze), no hipismo, Thalia (bronze), no Rugby, e Socorro Reis (bronze), no kitsurf. Essa campanha dos atletas maranhenses no Chile supera o desempenho de 2019, no Peru, quando o estado trouxe duas medalhas, com Bruno Lobo e Ana Paula.
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O Brasil encerrou sua participação nos Jogos Pan-Americanos de Santiago com 66 ouros, 73 pratas e 66 bronzes, totalizando 205 medalhas, recorde do país no evento continental. E entre esses medalhistas que fizeram história, sete são do Maranhão.
Rayssa Leal estreia com ouro
Medalhista olímpica nos jogos de Tóquio, no Japão, bicampeão mundial e tricampeão brasileira, a maranhense Rayssa Leal conquistou a primeira medalha brasileira no Pan de Santiago. Ela abriu a competição levando o ouro na modalidade que estreavam nos jogos. Apostando em manobras de alto risco, Rayssa faturou o título com 236,98 pontos (76,03 como melhor volta + 76,72 e 84,23 nas manobras únicas).
Essa medalha no Pan não dá vaga olímpicas e não vale pontos para o ranking olímpico. Apesar disso, Rayssa Leal está bem colocada no páreo para os Jogos Olímpicos de Paris, em 2024, ocupando a vice-liderança o ranking mundial.
Ana Paula tricampeão no handebol
Com quatro participações em Jogos Olímpicos e com sua quinta Olimpíada encaminhada, a central maranhense Ana Paula Rodrigues brilhou mais uma vez no Pan nesta edição de Santiago, com sua quarta medalha de ouro no handebol. Ana Paula, que é a capitã da Seleção Brasileira, já havia vencido os Pans de Gudalajara (2011), Toronto (2015) e Lima (2019).
Se estiver no time brasileiro que disputará as Olimpíadas de Paris, em 2024, Ana Paula se tornará a maranhense com mais participações olímpicas, com cinco edições no currículo. No momento, Ana Paulo tem quatro Jogos Olímpicos ao lado de Tânia Maranhão, do futebol, que já se aposentou em também disputou quatro olimpíadas.
Bruno Lobo é bi no kite
Principal atleta brasileiro na fórmula kite na atualidade no Brasil e na América do Sul, o maranhense Bruno Lobo cumpriu as expectativas e ficou com o seu segundo ouro na modalidade no Pan de Santiago, ele havia vencido em Lima, no Peru.
Bruno já tinha sua vaga nas Olimpíadas de Paris garantida através da seletiva mundial, quando terminou no Top 10 do Mundial de Vela. O maranhense fará sua estreia em Jogos Olímpico junto com a modalidade, que também debuta nos jogos da França. Bruno também conquistou o quinto lugar no evento-teste da Olimpíada, realizado em julho, na Marina de Marselha, na França, sendo o único atleta da América do Sul na disputa e lutando pelo título contra os principais nomes da modalidade no planeta.
Thiery ganhou experiência e ouro
Central da equipe do SESI Bauru, o jovem Thiery, 20 anos, fez parte da Seleção Brasileira que foi campeã no vôlei masculino do Pan no Chile. O Brasil foi com um time misto para a competição continental para dar experiência para novos atletas e o maranhense foi um deles.
Thiery acumula título na carreira como o Brasileiro sub 17, o Paulista sub 19 e sub 21 e o Sul-Americano sub 21. Agora o jovem segue a promissora carreira e corre por fora para tentar uma possível convocação para as Olimpíadas de Paris.
Thalia bronze no Rugby
Depois de estear com o Rugby Seven nos Jogos Olímpicos de Tóquio, ao lado da irmã gêmea Thalita, a maranhense Thalia conquistou sua primeira medalha em Pan no Chile, com o bronze. Brasil venceu a Colômbia na final por inquestionáveis 45 a 0.
Nascida em São Luís, Thalia inicou a carreira esportiva no atletismo em 2017. Depois de se destacara pela Associação Maranhense de Rugby (Amaru), ela e irmã se transferiram para o Delta Rugby, do Piauí, equipe participante do Super Sevens, Campeonato Brasileiro da modalidade. O bom desempenho das maranhenses no time piauiense, por sua vez, chamou a atenção da Seleção Brasileira: Thalia foi convocada pela primeira vez em julho de 2018, enquanto Thalita foi 2019.
O rubgy tem vaga garantida em Paris 2024 e Thalia deve estar na convocação final. Já Thalita ainda precisa cavar seu lugar.
Marlon Zanotelli no hipismo
O maranhense de Imperatriz Marlon Zanotelli brilhou mais uma vez em um Pan. Depois de duas medalhas de ouro conquistadas nos Jogos Pan-Americanos de 2019, ele ficou com o bronze por equipes em Santiago. O cavaleiro maranhense também se destacou na etapa de Bordeaux da Copa do Mundo de Saltos em 2023 e na etapa de Paris da Global Champions Tour em 2022.
Com o bronze conquistado em Santiago, o Brasil chega a sua 16ª medalha com as disputas do hipismo e o maranhense continua em busca de uma vaga em Paris 2024.
Socorro Reis e sua medalha histórica
A fórmula kite feminina estreou no Pan de Santiago e a maranhense Socorro Reis conquistou a primeira medalha brasileira da história, com o seu bronze. Socorro Reis teve uma trajetória de regularidade na Fórmula Kite feminina do Pan 2023, atingindo o Top 4 em 15 das 16 regatas disputadas, com destaque para a vitória na 13ª regata. Após ficar em quarto lugar na fase classificatória, a maranhense teve um excelente desempenho na regata da medalha, subiu na classificação e ficou com o bronze.
Antes de subir ao pódio no Pan 2023, Socorro Reis também defendeu o Brasil no Campeonato Mundial de Vela e conquistou um resultado expressivo na tradicional Allianz Regatta, evento válido como etapa da Copa do Mundo de Vela e agora vai esperar uma seletiva mundial para tentar ir aos jogos de Paris 2024.
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