Seleção Brasileira

Tite diz que terá coerência para não atrapalhar clubes com convocação

Para o treinador, a Seleção é a prioridade, mas a ideia é equilibrar prejuízo entre clubes.

Gazeta Esportiva

Atualizada em 27/03/2022 às 11h28
Tite convocará a Seleção Brasileira para jogos contra Argentina e Peru.
Tite convocará a Seleção Brasileira para jogos contra Argentina e Peru. (Pedro Martins/MoWa Press)

RIO DE JANEIRO - Apesar de toda a empolgação com a Seleção Brasileira depois de que Tite assumiu o cargo e acabou com o temor da não classificação à Copa do Mundo de 2018, na Rússia, para ser levar a equipe canarinho à liderança das Eliminatórias Sul-americanas, cresce a cada dia a expectativa de todos com a reta final do Campeonato Brasileiro. Logo, vem aquela preocupação com os desfalques que a Seleção pode causar em cada clube em função da próxima convocação.

Por isso, nesta segunda-feira, Tite foi claro e objetivo ao ser questionado no programa Bem Amigos, do Sportv, sobre essa situação que sempre gera e gerou muito conflito. Para o técnico, o objetivo da equipe que comanda hoje é a prioridade, mas, a ideia é equilibrar o prejuízo entre os próprios clubes.

“Vou sempre considerar, humanamente e profissionalmente, sem prejuízo à Seleção e ao nosso objetivo de classificação. Não vou baixar a guarda, mas vou ser coerente. Se eu tiver um lateral direito do Palmeiras e um também do Atlético, já tendo o Gabriel (Jesus) convocado, vai o do Atlético, porque vai gerar um equilíbrio técnico. Tenho bom senso e cuidado, sem prejuízo à Seleção, porque é minha responsabilidade”, avisou Tite, com firmeza nas palavras.

E realmente ficaria difícil imaginar Tite abrindo mão de qualquer atleta diante dos próximos compromissos. Dia 10 de novembro, o Brasil faz clássico com a Argentina no Mineirão e não haverá rodada no Brasileirão. E dia 16, quarta-feira, visita o Peru no último compromisso do ano. Na quinta, 17, Atlético-MG e Palmeiras se enfrentam em Minas Gerais pela 35ª rodada do nacional, que terá os jogos normalmente, inclusive no dia anterior.

Uma das poucas críticas que Tite recebeu até agora na Seleção Brasileira foi não ter sacado Neymar no intervalo do jogo contra a Bolívia, depois do Brasil abrir 4 a 0 no placar, sabendo que o camisa 10 estava pendurado pelo cartão amarelo recebido no primeiro tempo e poderia desfalcar a equipe não só contra a Venezuela (por suspensão automática), mas também no clássico diante da Argentina, se recebesse uma nova advertência na etapa final.

Nesta segunda, o sucessor de Dunga aproveitou para explicar o que o motivou a deixar Neymar em campo e aproveitou para contar detalhes da situação no momento que tudo aconteceu. “Quando o Neymar tomou amarelo, o vestiário estava constrangido e o Neymar envergonhado pelo cartão amarelo. Isso ainda no intervalo”, revelou, antes de contar a lição que quis dar ao craque.

“Sabe quantas vezes eu pensei em substituir o Neymar naquele segundo tempo? Umas dez vezes. Mas isso é um processo de maturidade que ele precisa sentir na pele. Eu falei: ‘Neymar, esquece o cartão. É comigo’. Vai jogar, vai para cima, chuta e dribla. No primeiro terço (de campo), não segura tanto, toca mais rápido, mas na frente pode jogar. É um processo de maturidade”, afirmou, valorizando o aprendizado que o Barcelona pode dar ao brasileiro nesse que é um de seus pontos fracos ainda.

“Primeiro, eu tenho certeza que o Neymar foi para o clube certo. Ele vive uma situação muito boa e tenho certeza que ele vai melhorar quanto aos cartões. Ele vai ter que absorver que por ser um talento diferenciado, ele vai ter que matar no peito e ignorar isso. Precisa apender a absorver isso e ir pra cima no jogo seguinte”, concluiu Tite.

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