Justiça e futebol

Ministro da Justiça se reúne com presidente da CBF para debater combate ao racismo e à violência no futebol

Flávio Dino e Ednaldo Rodrigues debateram também sobre mudanças em lei.

Com informações da CBF

Ednaldo Rodrigues e Flávio Dino durante o encontro
Ednaldo Rodrigues e Flávio Dino durante o encontro (Lesley Ribeiro / CBF)

RIO - O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, se reuniu com o Ministro da Justiça, Flávio Dino, no último sábado (28), horas antes da decisão da Supercopa Betano do Brasil, em Brasília. No encontro, o ministro e o presidente da entidade discutiram políticas de combate ao racismo e à violência no futebol. Desde que assumiu o cargo, em março de 2022, Rodrigues vem ressaltando que a luta contra a discriminação no futebol é uma das prioridades da sua gestão. O baiano é o primeiro presidente negro e nordestino da história da CBF.

O Interventor Federal na Segurança Pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, o Secretário de Acesso à Justiça, Marivaldo Pereira, e a Coordenadora do Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania), Tamires Sampaio, também participaram do encontro, além do Secretário-Geral da CBF, Alcino Rocha.

"O combate ao racismo é uma das minhas principais bandeiras na CBF. A discriminação racial é crime e nosso trabalho é jogar luz sobre o tema. Ter o apoio do Ministério da Justiça nos deixa mais fortes para mostrar que não há mais espaço para racistas no futebol", afirmou Ednaldo Rodrigues.

Durante a reunião, o Ministro da Justiça e o Presidente da CBF debateram também sobre as mudanças na lei que tornou mais rígida a punição no combate ao racismo no futebol brasileiro. No dia 11 de janeiro, o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou a lei que equipara o crime de injúria racial ao racismo, que é inafiançável e imprescritível. O texto prevê também um aumento da pena para os delitos praticados em eventos esportivos e culturais no país.

"A nova lei sancionada é um grande avanço na luta por um esporte e uma sociedade mais justa, mais humana e mais fraterna. A nova lei é um recado claro aos racistas", disse Ednaldo Rodrigues.

Com a mudança, a injúria racial pode levar a reclusão de dois a cinco anos. Anteriormente a pena era de um a três anos. Outra modificação é que se o crime for cometido por duas ou mais pessoas a pena será dobrada.

CBF AGRADECE AO MINISTRO PELO APOIO PARA A REALIZAÇÃO DA FINAL DA SUPERCOPA BETANO DO BRASIL

Ednaldo Rodrigues aproveitou para agradecer o aval dado pelo Ministério da Justiça e pelo Interventor Federal na Segurança Pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, para a realização da Supercopa Betano do Brasil.

A partida foi um sucesso e estabeleceu o novo recorde de público e renda da temporada atual. Com o estádio lotado, o Palmeiras venceu o Flamengo, por 4 a 3, e conquistou pela primeira vez o título da competição.

 

 

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