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Coluna Via Digital por Lucia Camargo Nunes, economista e jornalista especializada no setor automotivo.
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Conheça os carros mais vendidos de 2022

Enquanto 208, City e Tracker surpreenderam pelas boas vendas, Compass, Renegade e Toro tiveram redução de volume. Confira o ranking.

Lucia Camargo Nunes*

Atualizada em 02/05/2023 às 23h39
Márcio de Lima Leite presidente Anfavea.
Márcio de Lima Leite presidente Anfavea. (Foto: Divulgação)

BRASIL - No fechamento de 2022, os modelos mais vendidos mantiveram as expectativas de outros meses, sem grandes mudanças de posições.

Fora a lista dos dez mais, alguns modelos se destacaram. Caso do Peugeot 208 que teve seus emplacamentos disparados de 16.342 para 29.918 unidades (2021 para 2022).

Ao tirar de linha o Fit, com 7.138 vendidos em 2021, a Honda sorri ao ver seu substituto City Hatchback emplacar 16.115 unidades.

Entre os SUVs, destaque ao Tracker e T-Cross, com avanço de vendas, enquanto os Jeep Compass e Renegade recuaram seus volumes.

Já a picape Fiat Toro perdeu o fôlego: seus emplacamentos despencaram de 70.890 (2021) para 49.567 unidades (2022). E isso porque nem a Chevrolet Montana, sua maior ameaça, foi lançada ainda.

Ranking dos 10 veículos mais vendidos em 2022 no Brasil

Modelo Unidades

1º Fiat Strada 112.456
2º Hyundai HB2096.255
3º Chevrolet Onix85.252
4º Chevrolet Onix Plus75.243
5º Fiat Mobi72.756
6º Volkswagen Gol72.606
7º Chevrolet Tracker70.806
8º Volkswagen T-Cross65.341
9º Fiat Argo64.016
10º Jeep Compass 63.564

Fonte: Fenabrave

Ram apresenta sua primeira picape elétrica

Pela primeira vez, a Ram terá uma picape elétrica. O protótipo foi apresentado em Las Vegas (EUA), durante a CES 2023, maior feira de tecnologia do planeta.

A 1500 Revolution ainda é um conceito, e por isso a Ram nem divulgou todo seu potencial. Apenas que sua bateria de até 200 kWh, em uma recarga de 10 minutos é suficiente para que ela tenha autonomia de 160 km.

Um pouco maior que sua similar a combustão, a picape é equipada com portas tipo suicida, que abrem de forma oposta. Tem nível 3 de sistemas autônomos e um imenso multimídia de 28”. Por fora, o design futurista conta com rodas de 24”. A previsão para chegar às lojas é em 2024.

Balanço 2022: vendas caem e produção retoma fôlego

O mercado brasileiro teve um resultado pífio no setor automotivo em 2022. Segundo dados da Anfavea, as vendas ficaram “estáveis” em -0,7% no ano passado em relação a 2021.

Foram 2.104.461 unidades de autoveículos no total (automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus nacionais e importados) emplacados em 2022 contra 2.119.851 de 2021.

Só não foi pior pelas boas vendas de ônibus (alta de 23,4%) e um pequeno avanço com carros (1,2%). As maiores quedas ficaram com os comerciais leves (-8,3%) e caminhões (-1,6%).

Enquanto o mercado interno decepcionou, a produção de autoveículos foi positiva em 5,4%, apoiada pelos bons resultados em exportações (27,8%).

Em um ano difícil com frequentes paradas de fábricas por falta de componentes, entraves nas importações também por conta de escassez de peças e mercado afetado pelos altos juros, o quase empate é visto com otimismo ao avaliar o restante do mundo: o Brasil teve recuo de emplacamentos menor que outros países e só perdeu, em porcentagem, para China (1,7%) e Alemanha (1,1%).

Outros mercados tiveram queda de vendas mais expressivas, como EUA (-7,6%), Japão (-5,6%) e França (-7,8%).

Perspectivas para 2023

As projeções da Anfavea para o ano que inicia é que o mercado avance 3%. O presidente da entidade, Marcio de Lima Leite, contudo, ressalta que é um índice conservador. Culpa dos altos juros, que fazem o CDC bater a casa dos 30% ao ano.

No segmento de leves, a alta deve ficar em 4,1% enquanto para os pesados, a Anfavea estima um recuo de -11%, em função da entrada em vigor da legislação de emissões Euro 6, que encarece os preços de 15 a 20%.

Melhores condições de crédito e redução de IOF, que é um imposto regulatório e por isso pode ser mexido, seriam algumas das soluções para ampliar a demanda por veículos leves.

Concessionários preveem empate

A federação que representa as concessionárias, a Fenabrave, projeta um empate nas vendas de veículos novos em 2023: 0,1%.

Os melhores resultados são esperados para os emplacamentos de motocicletas, com previsão de alta de 9%. Ainda assim, um crescimento aquém do que foi conquistado pelo segmento de duas rodas, que encerrou 2022 com avanço de 17,7% sobre 2021.

*Lucia Camargo Nunes é economista e jornalista especializada no setor automotivo, editora do portal www.viadigital.com.br. E-mail: lucia@viadigital.com.br

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