CAXIAS – Faltam doadores de sangue no Hemonúcleo de Caxias. Segundo dados da coordenação, menos de quatro doadores por dia aparecem para a coleta. A enfermeira Viviane Carvalho revela que há dias que ninguém aparece.

A baixa disponibilidade de bolsas causa problemas em diversas cidades da região, já que é do Hemonúcleo de Caxias que sai o abastecimento para os demais hospitais do leste maranhense.

“A gente pede que as pessoas venham doar sangue. Em apenas 15 minutos do seu tempo você pode salvar uma vida e tem muita gente precisando. Por isso, nós fazemos o apelo para que todos venham doar.

Quebrem esses tabus em relação ao sangue. Saibam que não engorda, o sangue não engrossa, como dizem alguns, e você estará ajudando uma pessoa”, explicou a enfermeira.

Ter entre 18 e 65 anos de idade, mais de 50

quilos, não ter ingerido bebida alcoólica nas últimas 12 horas, nem fumado até duas horas antes da doação são requisitos básicos do doador. Mas é o medo, ainda, o maior empecilho para aqueles que nunca doaram sangue.

A doméstica Teresa Soares Neta só venceu esta barreira após ver a irmã precisando de sangue ao ser submetida a uma cirurgia. A necessidade a transformou numa doadora. “Encontramos pessoas que ajudaram a minha irmã. Agora entendo que qualquer pessoa pode ajudar outra”, frisou a nova doadora caxiense.

O agricultor Francisco de Assis Rodrigues Mesquita doa sangue desde que tinha 18 anos de idade. Habituou-se ao ato solidário quando ainda estava no Exército e nunca mais deixou. “A gente deve doar sangue para as pessoas que precisam. Isso pra mim é importante, é salvar vidas”, justificou o agricultor.

As doações só aumentam quando há alguma campanha. Da última vez em que isso aconteceu, em três dias apareceram 151 doadores.

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