Reunião

Relator do PL dos Combustíveis nega influência de Lula e Dilma em parecer

Jean Paul Prates (PT-RN) teve encontro recente com os dois ex-presidentes petistas.

Agência Estado

Atualizada em 26/03/2022 às 18h17
Dois projetos que trata, do tema podem ser votados nesta semana
Dois projetos que trata, do tema podem ser votados nesta semana (Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil)

BRASÍLIA - O senador Jean Paul Prates (PT-RN), relator de dois projetos de lei que tratam de combustíveis, negou no domingo, 20, que uma reunião recente com os ex-presidentes petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff tenha influenciado os novos pareceres das matérias, que incluem um aumento do vale-gás para pessoas de baixa renda.

“Nada, absolutamente, do ponto de vista de enxertar nada que tenha surgido da reunião”, disse o parlamentar, em entrevista à CNN Brasil. “O vale-gás é de uma proposta da bancada dos deputados do PT, liderados pelo deputado Carlos Zarattini”, acrescentou.

De acordo com Prates, a reunião já estava marcada havia algum tempo e tratou da conjuntura do setor de energia como um todo, com assuntos que foram da crise energética até a privatização da Eletrobras. O senador disse que explicou a Lula os projetos para reduzir o preço dos combustíveis.

“Causou uma certa celeuma, de por que a Dilma estava ali. Normal, perfeitamente normal, porque ela tem coisas a reportar, experiências positivas e negativas do seu governo e da sua gestão à frente da Casa Civil e do Ministério de Minas e Energia, da implantação das medidas”, afirmou Prates. Durante o governo Dilma, a Petrobras segurou o preço dos combustíveis de forma artificial.

A reunião ocorreu no último dia 11, na Fundação Perseu Abramo, em São Paulo. Além de Lula e Dilma, também estavam presentes a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o ex-ministro Aloizio Mercadante e o ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli.

Nesta quinta-feira, 17, Lula disse que vai "abrasileirar" o preço da gasolina caso seja eleito presidente em outubro. Na prática, o petista indicou que pretende alterar a política de preços da Petrobras, hoje atrelada à variação do dólar e à cotação do petróleo no mercado internacional.

“Eu sei que o mercado fica nervoso quando eu falo, mas eu quero que eles pensem o seguinte: nós vamos abrasileirar o preço da gasolina. O preço vai ser brasileiro, porque os investimentos são feitos em reais, a gente vai tirar gasolina, a gente vai aumentar a capacidade de refino”, disse o ex-presidente, em entrevista à rádio Progresso FM, de Cariri (CE).

Jean Paul Prates é relator de dois projetos de lei que podem ser votados no Senado nesta semana. Um deles estabelece uma conta de estabilização para o preço dos combustíveis no País, com a criação de um imposto sobre exportação de petróleo bruto. O outro altera o modelo de cobrança do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), arrecadado pelos Estados, e dobra o alcance do vale-gás a famílias carentes.

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