BARRA DO CORDA - Uma mulher grávida morreu nessa segunda-feira (1º), com suspeita de Covid-19 no interior do Maranhão. Neurivania Lima de Assunção, de 29 anos, estava sendo transferida da Unidade de Pronto Atendimento da cidade de Barra do Corda para a maternidade Marly Sarney, em São Luís.
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Neurivania e o bebê que ela esperava morreram dentro da ambulância, na BR-135, próximo ao município de Santa Rita.
Segundo a secretaria municipal de Saúde de Barra do Corda, Vanessa Ferry, Neurivania Lima morava na cidade de Fernando Falcão, que fica a 100 km de Barra do Corda. A gestante apresentou um quadro grave de insuficiência respiratória aguda, compatível com infecção por Covid-19, porém o exame de Neurivania deu negativo para o coronavírus.
Com a piora no quadro de saúde da grávida, ela teve que ser foi transferida de Fernando Falcão para a UPA de Barra do Corda na noite de domingo (28). Ela apresentou saturação abaixo de 80% e acabou sendo intubada.
Diante do agravamento da saúde de Neurivania, ela teve que ser transferida para São Luís. Ainda de acordo com Vanessa Ferry, durante a transferência, a gestante chegou a ser atendida em um hospital na cidade de Peritoró, pois o estado de saúde dela se agravou ainda mais.
Após o atendimento, ela seguiu viagem, mas acabou morrendo dentro da ambulância na BR-135, próximo ao município de Santa Rita. O bebê, que tinha cerca de sete meses morreu na barriga da mãe.
De acordo com a secretária de Saúde de Barra do Corda, Vanessa Ferry, a cidade está com alta taxa de ocupação de leitos para Covid-19.
Morte de grávida em Imperatriz
No último sábado (27) outra mulher grávida de oito meses morreu no Maranhão. Luana Gurgel, de 24 anos, estava internada em um leito de UTI no Hospital Regional Materno Infantil, em Imperatriz, com um quadro agravado por complicações do novo coronavírus (Covid-19). Já o bebê, que recebeu o nome de Bento, nasceu com 2 quilos e não foi infectado com a doença.
Com o agravamento do quadro de saúde, Luana aguardava a transferência para continuar o tratamento em São Luís.
A UTI aérea só foi disponibilizada após o esposo de Luana, Cayro Yuri, fazer um apelo nas redes sociais, pedindo ajuda das autoridades de saúde, mas o quadro de Luana, segundo os médicos, ainda não permitia que ela fosse levada com segurança e a família decidiu esperar.
Menos de 24 horas depois da notícia de ter conseguido a UTI aérea, o jovem postou nas redes sociais que o último sábado (27) era o pior dia da sua vida. Depois fez uma homenagem à Luana, com quem dividiu os últimos dias, acreditando sempre em sua recuperação.
Ao Imirante, Cayro lamentou não poder sequer se despedir da esposa. Ele usou o próprio testemunho para alertar as pessoas sobre a gravidade da doença.
“Eu só queria alertar as pessoas de que todo cuidado ainda é pouco! Então se cuidem ao máximo mesmo, essa doença é terrível. Não queiram sentir a dor de perder alguém sem o direito de dizer pelo menos o último adeus”, disse o jovem pai, que agora faz visitas diárias na UTI, aguardando a alta do filho prematuro.
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