SÃO LUÍS – Após uma assembleia geral realizada no fim da manhã desta sexta-feira (25), os policiais civis do Maranhão decidiram encerrar a greve da categoria, que já durava uma semana.
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Segundo o presidente do Sinpol, Heleudo Moreira, nessa quinta-feira (24), representantes da categoria se reuniram com o governador do Estado, Flávio Dino, e vários secretários. Apesar de o governo não ter dado nenhuma proposta concreta, os grevistas decidiram pelo fim da paralisação.
“Acho que é a decisão mais prudente. O bom senso prevaleceu pelo encerramento da grave, pois o governador finalizou (a reunião) com a reabertura das negociações, criando uma comissão com várias secretarias para que, a partir da próxima quarta-feira (30), tenha a primeira reunião de trabalho com o objetivo de chegarmos a um entendimento no que diz respeito à questão da correção de algumas distorções que ainda perduram aqui no seio da nossa Polícia Civil”, explicou Heleudo Moreira.
Ainda de acordo com o presidente do Sinpol, as negociações vão continuar até que o governo e a categoria cheguem a um entendimento. Além disso, Heleudo Moreira destacou que quem mais perde com a greve é a sociedade e os policiais civis têm consciência desse fato.
“A greve não é boa pra ninguém, os resultados são complicados e perde todo mundo, inclusive quem mais perde é a sociedade. E aí nós temos, também, que ter a responsabilidade para não causarmos mais transtornos à nossa sociedade, pelo contrário, o que a gente faz é uma apelo aos nossos policiais para que prestem o melhor atendimento possível ao cidadão”, afirmou.
Ouça a entrevista completa que Heleudo Moreira deu na rádio Mirante AM, falando sobre o fim da paralisação.
A greve
A greve dos policiais civis teve início na última sexta-feira (18). A categoria queria a recomposição salarial, tendo como base os vencimentos dos delegados. Pois, segundo o Sinpol, os policiais civis recebiam, aproximadamente, R$ 3.900, valor que seria equivalente a somente 20% dos salários dos delegados.
Eles pediam também melhoria nas condições de trabalho, reestruturação do subsídio com base nas tabelas apresentadas pelo governo, além de aumento do efetivo e investimento nas áreas de tecnologia e inteligência.
De acordo com o Sinpol, cerca de 1.800 policiais aderiram ao movimento grevista, que suspendeu o atendimento em delegacias e impediu que os cidadãos efetuassem procedimentos comuns, como registros de ocorrência, por exemplo.
Antes de iniciar a greve da última sexta-feira (18), a categoria já havia feito uma paralisação no dia 3 de agosto e a encerrado no dia 10 do mesmo mês. Na ocasião, os grevistas decidiram por fim à paralisação, após o governo do Estado ter se comprometido a dar uma resposta à categoria até o dia 4 d mês de setembro. O prazo findou e a administração estadual não deu nenhuma resposta satisfatória, o que levou os policiais civis a retomarem a greve no dia 18 de setembro.
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