Polêmica

Show de Israel Novaes, em Imperatriz, será remarcado

O artista teve apresentação embargada pela polícia, após extrapolar o horário.

Angra Nascimento / Imirante Imperatriz

Atualizada em 27/03/2022 às 11h36

IMPERATRIZ – Após ter sido embargado pela polícia, no último sábado (23), o show do cantor Israel Novaes será remarcado, mais uma vez, para nova data, que, ainda será definida pela produção do artista. A apresentação foi cancelada por extrapolar o horário permitido legislação municipal, Lei do Silêncio, que é de até às 2h da manhã.

“Estamos vendo uma data, juntamente com a produção do Israel Novaes, de acordo com sua agenda. Pode ser uma data no meio da semana, que pode começar às 22h, ainda não sabemos. Mas que ele vai voltar, ele vai”, assegurou o empresário Cícero Queiroz, que atua no ramo de shows e é dono da casa Santa Fé, em entrevista exclusiva ao Na Mira.

Ainda durante a entrevista, ele deu sua versão acerca do ocorrido na boate no último sábado, negando que houve quebra, quebra e não pagamento do cachê do músico. “Não teve nada quebrado, tentaram, mas não conseguiram. Teve sim, um grande tumulto, o que é até normal”, afirmou Cícero.

O empresário garante ter cumprindo com sua parte no cachê, com pagamento integral a Novaes, um total de R$ 80 mil. “Além do cachê, arquei com todas as despesas, como 25 passagens aéreas, no valor de R$ 10,500, além de despesas de hotel e toda logística local”.

 Cícero Queiroz, em entrevista ao Na Mira, esclareceu sobre o cancelamento do show de Israel Novaes. (Foto: Angra Nascimento/ Imirante Imperatriz)
Cícero Queiroz, em entrevista ao Na Mira, esclareceu sobre o cancelamento do show de Israel Novaes. (Foto: Angra Nascimento/ Imirante Imperatriz)

Sobre o horário, Cícero reconhece que errou ao marcar para 1h30, o início da apresentação. “Marquei para esse horário e assumo o erro. Se você sabe que o horário é até duas, por que ele teria subido ao palco 1h30? Mas quem é que não sabe, em Imperatriz, que a noite acontece até 5h, 6h da manhã, como aconteceu nas outras casas, que todos sabem, funcionam até às 6h da manhã”.

O empresário, que chegou a ser conduzindo para a delegacia, juntamente com sua esposa, acusa outra casa concorrente que funcionou no sábado, até às 6h da manhã. “Depois das 2h, 3h da manhã, que essa casa já deveria está fechada, mas não, estava lotada. A rua 15 de Novembro, ficou intransitável, ninguém passava nem de moto. A casa funcionou até às 6h da manhã”, acusa.

Cícero questionou, também, sobre o contingente policial que se deslocou até a bote, por volta de 1h30. De acordo com ele, foram quatro carros de polícia e 14 policiais, além do Conselho Tutelar, que chegou às 2h50. “Ficamos felizes com quando o Conselho Tutelar aparece, dificilmente aparece. Como no meio de duas mil pessoas, encontrar um rapaz de endereço desconhecido, que não tem pais, que se dizia morar em Campestre, e que na identidade dizia que ele tinha 17 anos? Quem era esse rapaz e como é que se encontra uma única pessoa no meio de duas mil pessoas? Questiona o dono da casa de shows, que ficou detido até às 6h da manhã. “Essa pessoa pra mim, é uma carta marcada, foi uma armação para eu não apresentar Israel Novaes e para hoje, eu estar aqui chorando, e não abrir mais a casa”, disse Cícero, que atua no ramo de shows há nove anos.

Atrações locais

Sobre as atrações locais que estavam confirmadas, Thiago & Luan, Henrique & Jordão e Juliano Reis, que não subiram ao palco, Cícero explica: “Todos têm conhecimento de que uma atração do porte de Israel Novaes não aceita atrações que abrem e que fechem, se apresentem no mesmo palco”, disse.

E continuou: “Providenciamos sim, um palco secundário, o qual foi iniciado a montagem. É um palco de madeira, com estrutura metálica, um metro de altura. Uma dessas atrações, Thiago & Luan, se recusou a se apresentar neste palco. Sua produção que esteve na casa mais cedo, achou o palco inconveniente. Diante desse quadro e dos transtornos, os demais (Henrique & Jordão e Juliano Reis) não subiram ao palco”, justificou o empresário.

Ingressos

Em relação ao público que comprou ingressos, cerca de duas mil pessoas, Cícero afirmou que, quem estiver com a pulseira terá acesso ao show. “Nossa intenção é que Israel Novaes se apresente para o público de Imperatriz, pelo fato de ter recebido o cachê de R$ 80 mil. Quem quiser ir, vá, quem não quiser, não vá”.

O empresário garante que não tem dinheiro para ressarcir as pessoas que compraram ingressos. “Primeiro, eu não tenho dinheiro para devolver. Segundo, o dinheiro está com a atração, está pago. Aliás, é uma grandeza, inclusive, da atração de querer se apresentar de novo. A produção já se prontificou a remarcar uma nova data, e fazer valer o cachê”.

Quem comprou os ingressos, que foram trocados por pulseiras, precisa guardar essa pulseira, será ela que dará o acesso ao show. “A pulseira com o nome Santa Fé é que dará direito ao público que comprou, entrar. Foram colocadas quase três mil pulseiras. Quem tirou a pulseira e jogou no lixo, jogou um patrimônio seu. Porque se nós estávamos diante de um problema, cabe cada pessoa guardar sua pulseirinha, é uma prova que a pessoa pagou e que esteve na casa”, disse o empresário desafiando, que pode fazer o show até de graça, com entrada franca. "O show está pago, posso fazer de graça, mas tenho que merecer”, finalizou o Cícero Queiroz.

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