Campanha da Fraternidade 2014

Campanha da Fraternidade será lançada em março

Na Diocese de Imperatriz a campanha será aberta dia 9 de março com celebrações nas paróquias.

O Estado

Atualizada em 27/03/2022 às 11h57

SÃO LUÍS - A Campanha da Fraternidade (CF) 2014 da Igreja Católica será aberta oficialmente no próximo dia 9 na Diocese de Imperatriz, quatro dias depois do lançamento da ação pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A CF traz o tema É para a liberdade que Cristo nos libertou, e o lema Fraternidade e tráfico humano.

O assessor especial da CF na diocese, o padre Antonio José Sousa Carvalho explicou que a abertura será nas várias paróquias diocesanas e em horários diferentes.

"Na Igreja Menino Jesus, vai ser às 8h; na Igreja de Fátima, às 17h; na paróquia de Santa Inês, será às 18h e em Açailândia, também, às 18h, e assim sucessivamente em todas as paróquias diocesanas de Imperatriz", informou o padre.

Durante o período da quaresma, como é definido o período entre a Quarta-Feira de Cinzas e o Domingo de Ramos, que este ano será dia 20 de abril, as pastorais e movimentos da diocese vão realizar novenas para reflexão sobre o tema da campanha.

Nesse período, também, serão realizadas atividades como peças teatrais e estudos baseados em um guia fornecido pela Igreja. Muitos dos dados terão por base as realidades regionais em razão de o Estado fazer parte de uma área onde há muitos casos de trabalho escravo.

"Este ano estamos no foco porque o Maranhão, o Pará, o Tocantins e o Piauí são locais onde há casos e infelizmente nosso estado é um dos primeiros nesse mal do trabalho escravo", ressaltou.

O religioso disse que esse fenômeno servirá como incentivo a mais para o trabalho da Igreja, que pretende alertar a sociedade para os perigos do trabalho escravo no qual consta ainda o combate ao tráfico humano e de órgãos.

Apesar da ação do poder público, muitos casos ainda são registrados no país, e no caso do Maranhão o padre alertou que pessoas de grande poder aquisitivo mantêm ou mantiveram pessoas sob trabalho forçado em suas propriedades.

"De primeiro, se usava corrente, hoje se usa o poder, o medo para escravizar o povo e muitas pessoas que estão no poder e até em suas fazendas tem escravos também", alertou.

O padre Antonio José adiantou que, durante a campanha, a diocese conta com a parceria de instituições e entidades que

atuam no combate ao trabalho escravo, aliando temas sociais com as reflexões e orações, como prevê o método da Igreja chamado de "ver, julgar e agir".

"O ver é a situação que nós estamos vendo concretamente; o julgar é a luz do evangelho e o agir são as ações que a Igreja Católica e a comunidade propõem para que possa surtir efeito a Campanha da Fraternidade", detalhou padre Antonio José.

Uma das parceiras da diocese será uma ONG chamada Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos de Açailândia(CDVDH), entidade que é uma referência nacional no acolhimento e assistência a trabalhadores explorados que fogem de fazendas e conseguem chegar a sua sede, em Açailândia.

A entidade presta atendimento especialmente para o trabalhador no período da fuga da propriedade até a chegada da equipe de fiscalização nas propriedades e é responsável por encaminhar essa pessoa à Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), em Brasília.

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