Avanço

Tratamento de Parkinson no SUS terá dois novos remédios

Segundo o Ministério da Saúde, a Rasagilina estará disponível até o fim de fevereiro nas unidades de saúde.

Portal Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h21
A substância é voltada para pacientes que iniciaram o tratamento na fase inicial da doença.
A substância é voltada para pacientes que iniciaram o tratamento na fase inicial da doença. (Foto: Divulgação)

BRASIL - O tratamento de Parkinson no Sistema Único de Saúde (SUS) agora conta com dois novos medicamentos. Com investimento total de R$ 17,91 milhões, a Rasagilina (1 mg) e a Clozapina (25 mg e 100 mg) trarão mais qualidade de vida aos pacientes com a doença, que afeta cerca de 200 mil pessoas em todo o Brasil.

Segundo o Ministério da Saúde, a Rasagilina estará disponível até o fim de fevereiro nas unidades de saúde. A substância é voltada para pacientes que iniciaram o tratamento na fase inicial da doença. Já a Clozapina, que já era oferecida no SUS para tratamento de transtorno bipolar e esquizofrenia, agora poderá ser usada também por pacientes com Parkinson que apresentam sintomas psicóticos.

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), com base em solicitação da Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, aprovou a oferta dos remédios. Em 9 de novembro, foi publicada a portaria que renovou o Protocolo de Tratamento para Parkinson no Diário Oficial da União. O documento foi criado em 2002 e descreve os principais sinais e sintomas da doença, determinando ainda o tratamento.

Tratamentos

Cerca de 1% da população mundial possui Parkinson, informa a Organização Mundial de Saúde (OMS). A doença neurodegenerativa provoca, em geral, problemas motores, como tremor, rigidez muscular, bradicinesia (lentidão na resposta) e alterações posturais, e ainda sintomas psicóticos à medida que a doença progride, processo que costuma ser lento.

Além dos remédios, estão disponíveis no SUS procedimentos de estímulo cerebral, como implantes de eletrodo e de gerador de pulsos. Existem 27 estabelecimentos que realizam neurocirurgia funcional estereotáxica 105/008, método minimamente invasivo de cirurgia cerebral, pelo Ministério da Saúde: dois habilitados como Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Neurologia/Neurocirurgia e 25 habilitados como Centro de Referência de Alta Complexidade em Neurologia/Neurocirurgia.

Os pacientes do SUS já tinham acesso a sete medicamentos para tratar a doença: Pramipexol; Amantadina; Bromocriptina; Entacapona; Selegilina; Tolcapona e Triexifenidil. Três outras substâncias, Levodopa+Carbidopa, Biperideno e Levodopa, podem ser compradas com até 90% de desconto no Programa Farmácia Popular.

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