Rede pública de São Luís

Sindicato diz que retorno total das escolas pode não acontecer em SL

Segundo Regina Bordalo, presidente do SindEducação, as vistorias feitas pela entidade mostram que maior parte das escolas da rede municipal de ensino precisa de reformas grandes.

Carla Lima/Editora de Política

Atualizada em 26/03/2022 às 18h42
Regina Bordalo, do SindEducação, garante que ainda não há planejamento para retorno das aulas presenciais em São Luís
Regina Bordalo, do SindEducação, garante que ainda não há planejamento para retorno das aulas presenciais em São Luís (Matheus Soares)

SÃO LUÍS - O Sindicato dos Professores da Rede Municipal de Ensino de São Luís (SindEducação) contestou nesta terça-feira, 4, no quadro Bastidores do Bom Dia Mirante, o anúncio do prefeito Eduardo Braide (Podemos) de que dia 1º de fevereiro todas as escolas voltem a funcionar. A presidente da entidade, Regina Bordalo, garante nas vistorias que o sindicato fez, maior parte das escolas precisa de reformas grandes e que podem durar "até seis meses".

Braide garantiu também no quadro Bastidores, na quinta-feira, 30, que todas as 260 escolas da rede municipal de ensino voltam a funcionar de forma presencial logo no dia 1º de fevereiro. Segundo ele, a Prefeitura vem reformando escolas.

Esta possibilidade é vista com descrédito pelo SindEducação. Regina Bordalo afirma que além dos problemas estruturais, a gestão de Eduardo Braide não vem tratando da questão do planejamento pedagógico que é necessário para organizar um plano de ação para diminuir as perdas que sofreram os alunos da rede municipal após dois anos de pandemia com aulas presenciais suspensas.

Rede municipal prevê volta às aulas presenciais para agosto

O SindEducação disse ainda que há a necessidade de um levantamento que mostre os déficit de professores na rede municipal. Segundo a presidente da entidade, os 78 professores que o prefeito Braide afirmou que foram chamados para compor o quadro de docentes não devem ser suficientes e que o município precisa expor como ficam a questão dos contratos que estavam em sala de aula.

Sobre o abono salarial, Bordalo cobrou transparência na aplicação dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) com a prestação de contas dos valores recebidos e aplicados. "Tivemos o abono, que é um direito dos professores, mas não sabemos ao certo de quanto foi o total das sobras dos Fundeb. Até hoje ainda não houve uma prestação de contas", afirmou Regina Bordalo.

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