SÃO LUÍS - O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), fez um panorama da pandemia da Covid-19 no Estado e falou sobre a situação do navio chinês fundeado em águas maranhenses, em que parte da tripulação testou positivo para a cepa indiana do coronavírus.
Entenda o caso:
De acordo com Flávio Dino, todas as providências de competência do governo do Estado foram tomadas desde a notificação dos casos de Covid-19 na tripulação do navio chinês, que partiu da África do Sul. "Em primeiro lugar, nós notificamos, nos termos de normas da Anvisa e de normas federais, a empresa Vale e também a empresa armadora do navio, de que ele [navio] não pode atracar em nenhum porto do Maranhão enquanto pairar esta ameaça sanitária”, explicou Flávio Dino.
Ainda sobre a cepa indiana do coronavírus, o governador do Maranhão afirmou que não há motivo para pânico. "É uma situação nova, é uma situação preocupante, mas não há, neste momento, motivo para pânico”, disse Dino.
Durante a coletiva de imprensa, Flávio Dino também afirmou que a Organização Mundial da Saúde (OMS) indicou a cepa indiana (B.1.617) como motivo de preocupação global. Entretanto, ainda segundo o governador, a própria OMS disse que as vacinas, até agora, são eficazes contra todas as variantes de coronavírus. "Friso, mais uma vez, que esse navio não atracou em nenhum porto do Maranhão, de modo que não houve contato entre os tripulantes do navio e os trabalhadores portuários, porque o navio está há 50 km da costa do Maranhão", explicou o governador.
Flávio Dino também falou sobre a reunião com a Embaixada da China, em que foi discutido o envio de insumos para produção de mais 16 milhões de doses de vacinas pelo Instituto Butantan Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O encontro também teve como pauta, de acordo com o governador, a possibilidade de aquisição de vacinas já produzidas em laboratórios chineses. "Lamentavelmente, a produção vacinal no Brasil está paralisada. Nem o Butantan, em São Paulo, nem a Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, estão fabricando vacinas neste instante, porque faltaram insumos. Não há um diálogo sério do governo federal com os produtores de imunizantes no mundo, isso a CPI tá mostrando. E toda hora, portanto, nós temos queda no número de vacinas, estoques etc", informou Dino.
Flávio Dino também falou por qual motivo não fechou os portos maranhenses. Segundo ele, caso isso acontecesse, haveria colapso de abastecimento no Maranhão. "Me perguntaram sobre eu não ter fechado os três portos do Maranhão. Vamos imaginar que esse disparate não fosse possível. Nós teríamos falta de gasolina, de diesel, e teríamos um colapso econômico, gerando desempregos. Mas, mesmo que eu chegasse a essa conclusão errada, a competência para essa medida extrema seria, legalmente, da Anvisa", contou o governador.
Vacinação
De acordo com Flávio Dino, o Maranhão já recebeu, até essa quinta-feira (20), 2,57 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19, desse total, 1,87 milhão foram distribuídas aos municípios maranhenses e 1,60 milhão já foram aplicadas.
Medidas restritivas
Em todo o Estado, estão autorizados a realização de eventos com limite máximo de até 100 pessoas, até às 23h. Além disso, administração pública estadual e igrejas funcionam com 50% da capacidade.
Medidas em São Luís
Flávio Dino também anunciou a manutenção de algumas medidas restritivas e a flexibilização de outras, em São Luís. Entre as novas medidas, está que pessoas já vacinadas poderão retornar ao trabalho, nos setores público e privado, exceto gestantes.
Seguem vigentes até dia 31 de maio o funcionamento do comércio e indústria de 9h às 21h, bares e restaurantes até às 23h e supermercados das 6h à 0h.
Além dos supermercados, academias, salões, bares e restaurantes estão autorizados a funcionar com apenas 50% da capacidade total.
Coronavírus no Maranhão
De acordo com o último boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (SES), divulgado na noite dessa quinta-feira, o Maranhão tem 7.821 mortes e 282.305 casos confirmados da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. De acordo com a SES, foram contabilizados 32 óbitos e 1.055 pessoas infectadas pelo vírus nas últimas 24 horas no Estado, sendo 114 na Grande Ilha de São Luís, 47 em Imperatriz e 894 nos demais municípios. A taxa de letalidade da doença no Maranhão, por sua vez, está em 2,77%.
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