Impasse sobre vacinação de profissionais da rede privada é resolvido
Prefeitura de São Luís vai continuar com a competência de imunizar educadores da rede particular de ensino; entidades ligadas às escolas havia pedido que o governo estadual ficasse com esta responsabilidade
São Luís - A Prefeitura de São Luís vai continuar responsável pela vacinação dos profissionais da educação da rede privada de ensino. A decisão foi tomada em reunião nesta sexta-feira, 23, da Comissão de Intergestores Bipartite. O assunto pautou a reunião depois que entidades de classes enviaram documento ao governador Flávio Dino (PCdoB) pedindo que o estado assumisse a imunização dos profissionais das escolas privadas.
O pedido de associação de pais, de empresários das escolas do setor privado e também de professores ocorreu após decisão da Prefeitura de São Luís de adotar critérios que privilegiaram os professores da rede municipal de ensino, que também é de responsabilidade do município.
A alegação do secretário Municipal de Saúde, Joel Nunes, é que as doses existentes eram poucas e que uma lista com os nomes dos professores fosse disponibilizada para poder vacinar a rede privada.
Mesmo com este argumento, a Prefeitura de São Luís se equivocou e passou a ideia de que os professores municipais tiveram privilégios.
Para aparar as arestas e analisar, claro, o pedido dos pais, empresários e professores da rede privada que a comissão bipartite se reuniu. Na conversa ficou decidido que a imunização dos educadores da rede particular de ensino continua com São Luís. Para isto, o critério de ser da rede municipal de ensino não deverá mais ser adotado.
Assim, os profissionais de educação da rede privada poderão começar a ser vacinados, o que ajudará a reduzir casos da Covid-19 nas escolas e faculdades já que o ensino na rede particular é híbrido com aulas presenciais e remotas.
O governo estadual vai continuar com a competência de vacinar professores das redes estadual e federal. Por sinal, este ponto da resolução da comissão bipartite já vem causando polêmica.
O senador Roberto Rocha (sem partido) pediu explicações já que, pelo Plano Nacional de Imunização (PNI), a competência para a aplicação da vacina é dos municípios e não dos governos estaduais.
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