Pnad Covid-19

Maranhão registra aumento no número de pessoas desocupadas na pandemia

De acordo com o levantamento, a população desocupada no Maranhão passou de 248 mil pessoas em maio de 2020 para 564 mil em novembro.

Imirante.com, com informações do IBGE

Atualizada em 27/03/2022 às 11h05
Segundo os dados da atualização da pesquisa, na comparação com outubro, mais 58 mil pessoas não conseguiram inserção no mercado de trabalho em todo o Estado.
Segundo os dados da atualização da pesquisa, na comparação com outubro, mais 58 mil pessoas não conseguiram inserção no mercado de trabalho em todo o Estado. (Foto: Adriano Soares / Imirante.com)

SÃO LUÍS - O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta quarta-feira (23), os dados da atualização mensal da pesquisa Pnad Covid-19. De acordo com o levantamento, a população desocupada no Maranhão passou de 248 mil pessoas em maio de 2020 para 564 mil em novembro, estabelecendo um novo recorde da série histórica.

Segundo os dados da atualização da pesquisa, na comparação com outubro, mais 58 mil pessoas não conseguiram inserção no mercado de trabalho em todo o Estado. A taxa de desocupação alcançou 21,7% em novembro, um aumento de 1,8 ponto percentual frente ao mês anterior (19,9%). Esse número mostra que o Maranhão se manteve pelo segundo mês consecutivo como a maior do país. O Amapá (20,9%) e a Bahia (19,8%) ficaram, respectivamente, com a segunda e terceira posição nesse indicador. Os estados de Santa Catarina, Roraima e Mato Grosso do Sul apresentaram os menores percentuais, respectivamente: 7,6%; 9,4%; e 9,6%.

Em todo o país, o total de pessoas ocupadas foi de 2,034 milhões, em outubro, para 2,038 em novembro, sendo considerado estatisticamente estável. O contínuo crescimento do número de pessoas na força de trabalho (total de pessoas ocupadas e desocupadas), iniciado no mês de julho, explica o fato da taxa de desocupação apresentar constante aumento, ainda que o número de pessoas ocupadas venha se elevando desde o mês de agosto.

A Proxy da Taxa de Informalidade (percentual de pessoas ocupadas como trabalhadores informais em relação ao total de pessoas ocupadas) foi de 51,5%, em novembro, no Maranhão, mantendo-se estatisticamente estável frente ao registrado em outubro (52%).

A Pnad Covid-19 constatou ainda que, em novembro, o percentual de domicílios onde algum morador recebeu algum auxílio para combater os efeitos da pandemia foi de 60,2% no Maranhão. Em outubro, eram 61,4% do total de domicílios do estado. O percentual deixa o Maranhão com o 3º maior dentre as Unidades da Federação, menor apenas que o registrado no Amapá (70,1%) e no Pará (61,1%).

Exame para diagnóstico da Covid-19

A atualização da pesquisa também mostra que o quantitativo da população que buscou por testes para detecção do novo coronavírus continua em ascendência, com 12,1% das pessoas tendo realizado algum exame para saber se estavam infectadas pelo Coronavírus. O percentual de pessoas que fizeram exame de detecção e testaram positivo foi de 8,8% do total da população no Maranhão.

Sintomas de síndrome gripal Em novembro, 308 mil pessoas (4,3% da população do estado) apresentaram algum dos sintomas relacionados à síndrome gripal e que podiam estar associados à Covid19. Em outubro, 296 mil pessoas disseram sentir algum dos sintomas.

Os números são considerados estatisticamente estáveis no indicador. Em relação aos sintomas conjugados – perda de cheiro ou sabor; febre, tosse e dificuldade de respirar; e febre, tosse e dor no peito –, em novembro, 21 mil maranhenses (0,3% da população) relataram sintomas. Número inferior ao registrado em outubro, quando 31 mil pessoas apresentaram sintomas conjugados, o equivalente a 0,4% da população, sendo considerado estatisticamente estável o referido indicador.

Medidas de restrição de contato

Os dados apontam uma contínua queda do isolamento social no Maranhão. Pela primeira vez na série histórica, o percentual de pessoas que não adotam nenhum tipo de restrição (10,5%) superou o percentual de pessoas que se mantiveram rigorosamente isoladas (8,8%).

Com a contínua queda na adoção de medidas de restrição de contato, o percentual de pessoas que adotam ações de isolamento mais rígidas (soma dos que ficaram rigorosamente isolados com os que ficaram em casa e saíram apenas por necessidade básica), ficou pela primeira vez abaixo da marca de 50% do total da população, somando 47%.

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