Reencontro

Pai com sequelas da Covid-19 reencontra filha após quatro meses afastados

Em fase de reabilitação, Diego Almeida pôde receber a visita da filha de oito anos no HU-UFMA.

Imirante.com, com informações do HU-UFMA

Atualizada em 27/03/2022 às 11h07
Equipe de profissionais proporcionou reencontro de pai e filha.
Equipe de profissionais proporcionou reencontro de pai e filha. (Foto: Divulgação)

SÃO LUÍS – Depois de 43 dias internado na UTI por causa da Covid-19, um pai realizou o desejo de reencontrar a filha de oito anos de idade. O bilheteiro Diego Nonato de Andrade Almeida, de 33, está em fase de reabilitação, já livre da doença, na enfermaria da Unidade de Cuidados Clínicos Adultos do Hospital Universitário da UFMA (HU-UFMA).

As primeiras palavras pronunciadas por ele durante a recuperação foram “Oi” e o nome da filha: Sofia. Por isso, a equipe de profissionais do hospital, onde ele faz o tratamento, resolveu se mobilizar para garantir o reencontro.

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Gabriela Castro, de 29 anos, esposa de Diego, tem acompanhado de perto a batalha dele pela vida e aguarda a recuperação. “Foram dias muito difíceis, mas ele começou a mostrar evoluções, todo dia um pequeno avanço. Agradeço muito o empenho de cada um da equipe. Estão sendo incansáveis. Eu creio muito. Ele é promessa de Deus. É de pouquinho em pouquinho, ninguém disse que seria rápido, e nem a gente quer, tem que ser no tempo dele, mas que dê tudo certo”, relatou.

O reencontro

Toda a equipe envolvida acompanhou de perto. O encontro exigia atenção e cuidado por parte de todos. Mas o que transbordou mesmo foi o amor. Sofia encorajou seu pai com palavras e carinho. Ela estava bem tranquila e comunicativa, porém difícil foi dizer um até logo após o reencontro.

A visita foi articulada pelos profissionais de Serviço Social e da Psicologia, sendo acompanhada também pelos demais integrantes da equipe. A assistente social Grasiela Moura explica como funciona todo o processo que envolve esse tipo de ação “Surgiu de um desejo da família que foi avaliado em conjunto pela equipe de saúde, através do Projeto Terapêutico Singular- PTS, onde foi possível discutir os ganhos terapêuticos para o paciente e familiares. O paciente foi preparado e levado na cadeira de rodas para a área livre (pracinha) do 2º andar, sendo um espaço mais humanizado e menos estressante para a família e equipe”, contou.

“A família vivencia um momento de ruptura muito grande com o adoecimento e a hospitalização de um ente querido. São experiências de sofrimento, angústia, além de uma desorganização do cotidiano e rotina familiar, nesse sentido, favorecer um atendimento humanizado que leve em conta a totalidade do indivíduo para além da enfermidade, torna-se relevante, bem como proporciona o fortalecimento da equipe, e o incentivo às boas práticas em saúde” reforçou Grasiela.

A psicóloga Cristiane de Sousa explicou que a iniciativa da visita buscou trazer para o paciente um estímulo emocional forte que de alguma forma pudesse contribuir na sua recuperação. “ Não temos como saber até que ponto ele pôde perceber toda essa situação, devido ao seu estado clínico, mas sabemos que traz para ele mais uma força. E além disso, essa visita também contribuiu para o manejo das expectativas da filha, já que ela estava há cerca de 4 meses sem vê-lo presencialmente”, explicou.

Sequela

O médico Kayle Cunha, que está acompanhando o caso de perto, explicou que do ponto de vista médico, as sequelas já estão estabelecidas. “O paciente apresenta uma sequela neurológica, pós parada cardiorrespiratória. Agora o cuidado está focado na reabilitação, uma vez que as lesões já estão estabilizadas”, avaliou.

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