SÃO LUÍS - Na noite da última quarta-feira (6), por volta das 22h, e na madrugada de hoje (7), as 2h, ocorreu um deslizamento na rua João Paulo II, localizada no bairro Vila Bacanga. Segundo a Defesa Civil, o deslizamento foi causado devido as fortes chuvas que tem afetado toda a capital nos últimos dias.
As vítimas permaneceram no local após o desabamento de parte ou total de suas residências, e foram orientadas pela Defesa Civil a permanecerem somente na sala de suas casas durante a perícia e enquanto organizam uma mudança improvisada. A recomendação é que os moradores esvaziem os imóveis o mais rápido possível.
Na rua João Paulo II a situação pode piorar, pois todas as casas estão em situação de risco e podem terminar de desabar a qualquer momento, já que a previsão é de muita chuva nos próximos dias.
A Prefeitura de São Luís sugeriu que os moradores sejam abrigados em uma escola do bairro. Mas, nem todos estão de acordo. Maria Rita, vendedora, e moradora há três anos do local, diz que não está de acordo com essa sugestão, mas não tem para onde ir. Quando questionada sobre o valor do prejuízo de sua residência, ela afirma que é o valor da sua vida inteira de trabalho.
Segundo os moradores o sentimento é de indignação com a falta de amparo digno oferecido a eles. Nem todas vítimas foram convidadas a se mudarem temporariamente para a escola do bairro. Raimunda Vieira, dona de casa, e moradora há mais de 30 anos, declara que até o momento não recebeu nenhum amparo ou convite para mudança temporária, e não tem para onde ir, assim como a maioria dos seus vizinhos que estão quase ou completamente desabrigados.
Foram aproximadamente 30 casas afetadas. De acordo com a Defesa Civil, a Secretaria Municipal de Segurança com Cidadania (Semusc) está acompanhando o caso e que equipes da Defesa Civil já estiveram no local para avaliar a situação e adotar todas as medidas necessárias.
Veja, na íntegra, a nota enviada pela Defesa Civil
A Secretaria Municipal de Segurança com Cidadania (Semusc) informa que durante o período chuvoso agentes da Defesa Civil reforça o monitoramento nas áreas de risco na capital. A Semusc esclarece que, além desse monitoramento, é mantido diálogo constante com os Núcleos Comunitários de todas as áreas de risco e sempre que surge alguma notificação nessas áreas, os agentes são imediatamente enviados para o local solicitado. Sobre o caso citado na reportagem, ocorrido na Vila Bacanga, a Semusc comunica que está acompanhando o caso e quer equipes da Defesa Civil já estiveram no local para avaliar a situação e adotar todas as medidas necessárias. Entre as medidas está o encaminhamento à Secretaria Municipal da Criança e Assistência Social (Semcas) para fazer a identificação, cadastramento e acompanhamento das famílias para prestar o primeiro atendimento socioassistencial, que pode ser com a distribuição de água, cestas básicas, redes para dormir, entre outros itens e posterior acolhimento, em casa de familiares, abrigo institucional temporário da Semcas ou inserção no Benefício Eventual Auxílio Moradia (aluguel social); esse último, concedido de acordo com o perfil socioeconômico da família. Serviço que é feito por uma equipe do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) da área.
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