"Ele não"

Protestos contra Bolsonaro ocorrem várias cidades pelo Brasil

Em São Luís, os manifestantes iniciaram o ato na praça Maria Aragão e saíram em passeata até a praça dos Catraieiros, no Centro da capital maranhense.

Luciano Dias / Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h16
( Foto: Svetlana Farias)

SÃO LUÍS - Um ato convocado pelo coletivo "Mulheres Unidas contra Bolsonaro" aconteceu, na tarde deste sábado (29), em São Luís e em diversas cidades do Brasil e no exterior. O movimento, chamado de #EleNão, foi convocado pelas redes sociais durante todo o mês de setembro.

Em São Luís, os manifestantes iniciaram o ato na praça Maria Aragão e saíram em passeata até a praça dos Catraieiros, no Centro da capital maranhense.

Para Joyce Milene, analista de marketing, a manifestação representou um verdadeiro exercício da democracia. "A manifestação foi de um beleza ímpar! Pessoas de todas as idades e diversidades, crianças, jovens, adultos, idosos, público lgbtq,mulheres de todos os movimentos sociais e muitos outros. Tudo na paz. Um verdadeiro exercício da democracia. Um orgulho!", declarou Joyce Milene.

Assista ao vídeo da manifestação em São Luís:

Em Brasília:

As manifestantes ocuparam três das cinco faixas da pista norte do Eixo Monumental, saindo da altura da Rodoviária do Plano Piloto em direção ao complexo cultural da Funarte, próximo à Torre de TV, zona central da capital do país.

A assistente administrativa Socorro Paiva vestia uma camiseta colorida, com frases contra o machismo. Para ela, o ato é uma forma de evitar que o país mergulhe no que considera um retrocesso histórico.

"Não podemos compactuar com a intolerância. Quero que meus filhos e netos cresçam em um país sem machismo e homofobia", afirmou.

As amigas Luciene de Souza e Mônica Carvalho disseram estar no ato em defesa da democracia. "Estamos lutando pela nossa democracia, mas também em defesa do respeito, da paz e do amor", afirmou Luciene.

"Esse ato também nos ajuda a ter coragem de sair e se juntar contra a intolerância. Se tem 10 mil pessoas aqui, sabemos que pelo menos outras 10 mil não vieram porque ainda estão com medo da violência, do machismo", disse Mônica.

Além de palavras de ordem contra Jair Bolsonaro, que ressaltavam a postura do candidato em relação às mulheres, à população negra e ao movimento LGBT, centenas de manifestantes portavam cartazes, camisetas e bandeiras com frases sobre a luta anti-homofobia e antirracismo.

Em São Paulo:

Na capital paulista, a concentração começou às 15h no Largo da Batata, na zona oeste. A organização do ato estimou o número de participantes em 200 mil. A Polícia Militar não fez estimativa e informou que não foram registradas ocorrências relevantes.

Participaram da manifestação representantes de partidos políticos, movimentos sociais e ativistas de diversas áreas. Estiveram presentes também alas das torcidas do Corinthians e Palmeiras.

Por volta das 17h30, a passeata começou a se movimentar pela Avenida Faria Lima, em direção à Avenida Paulista. Um grupo de mulheres entoava palavras de ordem contra o candidato do PSL.

Ana Silveira, 26 anos, era uma das responsáveis pela batucada. “Faço parte do coletivo que pretende ocupar os espaços da cidades e estamos hoje pedindo liberdade e felicidade. "Ele não”, disse ela.

Joana Brandão, 38 anos, também se manifestava. "Pelos direitos das minorias, por isso protestamos”, afirmou.

Rio de Janeiro

Atividades culturais marcaram o início da concentração, às 15h, na Cinelândia, no centro do Rio. A mobilização contou a presença de homens e mulheres. No carro de som, a organização foi liderada por elas. Músicas e palavras de ordem falavam de machismo no comportamento do candidato Jair Bolsonaro e lembravam o mote o ato: "Ele não".

Da Cinelândia, as manifestantes se dirigiram para a Praça XV, também no centro da capital fluminense, onde um palco foi preparado para apresentações teatrais e shows. A analista de contas Consuelo Lardosa estava lá com a filha. "As palavras que têm sido ditas são de muita violência contra as mulheres e agridem a todas as mães que lutam e batalham por um pouco dignidade para seus filhos, em país tão difícil como o nosso. Estamos aqui, assim como outras famílias, pais com suas crianças, afinal é um movimento de paz e não de ódio", afirmou.

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