Ação preventiva

Moradores de área de risco de São Luís são recadastrados pela prefeitura

Ação tem caráter preventivo e de orientar os moradores sobre os perigos de permanecer em locais apontados como de risco.

Imirante.com / com informações da assessoria

Atualizada em 27/03/2022 às 11h17
Durante a ação, os fiscais da Defesa Civil aplicam questionário junto aos moradores.
Durante a ação, os fiscais da Defesa Civil aplicam questionário junto aos moradores. (Foto: divulgação)

SÃO LUÍS - Famílias que vivem em áreas classificadas como de risco, na capital, são alvo de ação. Equipes da Defesa Civil - que integra a Secretaria Municipal de Segurança com Cidadania (Semusc) - visitam bairros mapeados realizando vistorias, levantamento de problemas e recadastramento de moradores. O objetivo do trabalho é garantir a segurança, desenvolver ações sociais e de prevenção aos que residem nessas áreas. O trabalho, iniciado em julho, prossegue até setembro. Entre os bairros visitados esta semana estão o Cantinho do Céu, São Francisco, Parque Pindorama, Sacavém e Bequimão.

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A ação tem caráter preventivo e finalidade de orientar os moradores sobre os perigos de permanecer em locais apontados como de risco, principalmente quando ocorrem chuvas, pontua o titular da Semusc, Heryco Oliveira Coqueiro. "Esse trabalho tem se intensificado. Com as ações de monitoramento e também, de conscientização dos moradores. Estamos em alerta sempre, e com a intensidade de chuvas ou outro componente que possa causar riscos a essas pessoas, intensificamos os trabalhos", reforça o gestor. Ao longo da semana, outros bairros serão selecionados para receber as visitas.

Durante a ação, os fiscais da Defesa Civil aplicam questionário junto aos moradores para saberem sobre o número de pessoas ocupantes da residência, situação dos imóveis e ocorrências que por ventura tenham causado qualquer dano. "Esse trabalho integra o planejamento anual da Prefeitura e tem por finalidade atualizar o cadastro que já possuímos, pois esses números mudam constantemente. De posse desses novos dados, vamos subsidiar os órgãos e entidades competentes para que adotem as medidas necessárias", explica a superintendente de Defesa Civil, Elitânia Barros.

As principais situações de risco encontradas são imóveis em áreas de encostas e propensas a deslizamentos e alagamentos; por trás de barreiras e em terrenos bastante acidentados. Além de problemas estruturais (rachaduras, fissuras e outros que atingem a estrutura física dos imóveis) e questões sociais como as moradias em palafitas. Os moradores são orientados a não fazer intervenções nas áreas – desmatar ou retirar sedimentos – entre outras ações.

Para quem mora em risco iminente, o trabalho da Defesa Civil contribui para atenuar os problemas. É o que avalia a aposentada Maria de Jesus Mendes Souza, 76 anos, que há mais de quatro décadas reside na Rua dos Buritis, São Francisco. A área foi uma das visitadas pela Defesa Civil e na ocasião, ela relatou o medo de ter a casa atingida. "A gente vive aqui com medo de acontecer alguma coisa mais séria e saber que tem alguém para orientar e ajudar, já vale bastante", disse a senhora.

Para a dona de casa Pâmela Cristina Nunes, 17 anos, que mora em outra casa em área de risco, o que mais aflige é a segurança do filho de sete meses. A residência dela fica próximo à barreira. "Importante contar com a orientação da Defesa Civil", disse ela. Na rua, as equipes conversaram com moradores de 15 imóveis.

Paralelo ao trabalho técnico com as vistorias e monitoramento das áreas, a Defesa Civil Municipal promove ações educativas junto aos moradores, durante o processo de levantamento das informações. As equipes orientam as famílias sobre os perigos e como agir em caso de possíveis deslizamentos ou desabamentos. Na sexta (3), a Defesa Civil realizou palestras na comunidade Quinta dos Machados (Jordoa) e Túnel do Sacavém.

Mapeamento

As áreas Itaqui-Bacanga e Coroadinho já tiveram as vistorias concluídas. As informações coletadas vão atualizar o mapeamento periódico e servir de base para as medidas do poder público municipal. A próxima etapa será a catalogação dos dados, a serem consolidados em documento e encaminhados a órgãos municipais competentes e entidades ligadas à questão.

Entre as medidas da Prefeitura para acolher famílias que precisem sair de suas casas, devido ao risco de algum incidente, está a inclusão no programa Aluguel Social ou contemplação com unidades habitacionais do programa 'Minha Casa, Minha Vida', executado pela gestão municipal com parceria do Governo Federal.

Registro mais do último levantamento, realizado em 2017 pela Defesa Civil, mapeou 60 pontos de risco nas sete áreas cobertas pelo levantamento na capital, destes, 29 prédios habitados em situação de risco no Centro Histórico. Os resultados e avaliações gerais do trabalho com o número de pessoas e imóveis cadastrados serão incluídos em relatório ao final da ação, que encerra setembro.

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