SÃO LUÍS – Nessa sexta-feira (18), passou a ser optativo o uso de extintor de incêndio em automóveis, conforme resolução do Ministério das Cidades publicada no Diário Oficial da União. A decisão foi tomada, na quinta-feira (17), pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) e envolve utilitários, camionetas, caminhonetes e triciclos de cabine fechada.

Em entrevista à rádio Mirante AM, o coronel Júlio César, do Corpo de Bombeiros do Maranhão falou sobre a resolução e afirmou que um equipamento de proteção nunca é dispensável.

“A gente sempre trabalha com a prevenção e essa que visa reduzir níveis de desastre, consequências maiores... A gente não vê com bons olhos a retirada de equipamentos de segurança”, opinou.

Segundo o coronel, como muitas pessoas não têm habilidade com o extintor, pode não conseguir utilizá-lo na hora do incêndio, mas, muitas vezes, outro motorista que sabe usar o extintor para e consegue apagar o fogo.

“Se todos esses veículos não possuem esses equipamentos, fica difícil. Esse bem vai ser consumido até o final pelas chamas. O risco maior é de perder o veículo em uma situação de incêndio”, explica o coronel Júlio César.

Quem também falou sobre a resolução do Contran foi o tenente-coronel Andrade, o qual afirmou que a legislação que normatiza a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CHH), determina que os motoristas saiam das autoescolas sabendo manusear o extintor de incêndio.

“Por isso é feito a autoescola, e a pessoa precisa saber os princípios de utilização desse equipamento, pra que no momento ela possa utilizar esse equipamento. O que o leigo precisa ter muito claro é que se ele não tem preparo e nem treinamento e a sua vida está exposta a um risco, ele tem que se afastar do risco. O profissional vai, com certeza, desenvolver as ações de contenção. Mas, o leigo precisa também buscar o conhecimento e, culturalmente, isso não acontece”, afirma o tenente-coronel Andrade.

Ouça a entrevista que o coronel Júlio César e o tenente-coronel Andrade deram ao repórter Danilo Quixaba, na rádio Mirante AM, comentando a resolução do Contran e as medidas de segurança a serem tomadas para evitar e para apagar incêndios em veículos.

A obrigatoriedade do uso do extintor estava em vigor no país desde 1970. Segundo o governo, a decisão pelo uso opcional do equipamento foi tomada após encontros com representantes dos fabricantes de extintores, do Corpo de Bombeiros e da indústria automobilística.

O equipamento continua obrigatório para todos os veículos usados comercialmente para transporte de passageiros, caminhões, caminhão-trator, micro-ônibus e ônibus, além de veículos destinados ao transporte de produtos inflamáveis, líquidos e gasosos.

Autoridades de trânsito vão continuar a fiscalizar o uso de extintores de incêndio nos veículos em que seu uso é obrigatório. A punição para quem não estiver com o equipamento ou para quem estiver com o equipamento com validade vencida inclui multa de R$ 127,69 e cinco pontos na carteira de habilitação.

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