Arte

Conheça as histórias dos malabares em sinais de São Luís

Uruguai, Guatemala e Colômbia são alguns dos países que dos jovens que visitam a capital.

Jonas Sakamoto / Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h49
 Motorista assistindo apresentação de artista de rua. Foto: Jonas Sakamoto / Imirante.com.
Motorista assistindo apresentação de artista de rua. Foto: Jonas Sakamoto / Imirante.com.

SÃO LUÍS – Se você é morador da Região Metropolitana da grande São Luís, provavelmente já deve ter visto pessoas com dotes circenses interessantes e que realizam facetas em troca de um dinheiro para encarar o dia a dia na cidade. Você sabia que algum deles vieram de outros países e fazem isso com muito amor e, muita vezes, estão só de passagem? O Imirante.com conta agora três histórias de malabares que misturam trabalho e diversão em sinais na capital.

“Comecei fazer malabares com as bolinhas há pouco tempo, olhando os outros fazendo!”

 Gabriel saiu com uma turma de amigos para conhecer o mundo. Foto: Jonas Sakamoto / Imirante.com.
Gabriel saiu com uma turma de amigos para conhecer o mundo. Foto: Jonas Sakamoto / Imirante.com.

Depois de passar por Fortaleza, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, o uruguaio Gabriel Gozado saiu com uma turma de amigos para, simplesmente, viajar e conhecer lugares e pessoas. Com ele, estão pessoas do Peru, Chile, Colômbia e até brasileiros que viajam de carona e realizando artes circenses a fim de ganhar um dinheiro para ajudar na sua estadia em cada cidade.

Sobre a arte circense, o rapaz disse que não sabia muito sobre esta arte até conhecer outras pessoas que viajam pelo lugares que passa. Com isso, ele começou fazer apenas com bolinhas e olhando os outros fazendo.

“Um fato curioso que aconteceu foi uma vez em que eu estava trabalhando aqui (no sinal da ponte Bandeira Tribuzi) com a minha companheira e veio dois homens e assaltaram um rapaz! Essas coisas acontecem, algumas boas e outras ruins”, comenta o jovem.

“Outra coisa que gosto muito de São Luís, são as mulheres. Elas são belas, muito belas.”

 Ao perceber que profissão de mecânico não lhe agradara, Víctor pegou a mochila e ganhou o mundo. Foto: Jonas Sakamoto / Imirante.com.
Ao perceber que profissão de mecânico não lhe agradara, Víctor pegou a mochila e ganhou o mundo. Foto: Jonas Sakamoto / Imirante.com.

Já o guatemalense, Víctor Castilho, saiu da sua terra natal há cerca de um ano e no meio do caminho foi conhecendo outros adeptos do estilo de vida mochileiro. E, apesar de estar todo esse tempo na estrada, ele está em São Luís há dois meses e o que chamou atenção foi a receptividade e o jeito hospitaleiro do povo maranhense, além do fator cultural que chamou muita atenção do jovem viajante.

Na Guatemala, Victor trabalhava como mecânico, mas viu, em viajar, uma maneira de crescer individualmente. E encontrou na arte de circo uma maneira divertida de ganhar um dinheiro extra para se manter pelas cidades que passa.

"Aprendi praticando sozinho e pesquisando. Eu vi algumas pessoas fazendo, fui tentar e aprendi!”

 Com voz tímida e muita história, o colombiano Diego quer conhecer a Europa em breve. Foto: Jonas Sakamoto / Imirante.com.
Com voz tímida e muita história, o colombiano Diego quer conhecer a Europa em breve. Foto: Jonas Sakamoto / Imirante.com.

E o colombiano Diego Fernando capricha na caracterização quando o assunto é arte circense em ruas e sinais. Com maquiagens, roupa de palhaço, adereços de malabares e equilíbrio, o jovem de 25 anos cronometra sua apresentação intercalando seu número e o tempo para conseguir algum dinheiro com os motoristas enquanto o sinal está fechado.

Com a voz tímida, ele compartilhou conosco que está há cerca de dois meses na cidade e está viajando por países da América Latina, do México até a Argentina.

Quando questionado sobre onde aprendeu as técnicas de malabares, Diego é bem enfático: “Aprendi praticando sozinho e pesquisando. Eu vi algumas pessoas fazendo, fui tentar e aprendi!”. Sobre as viagens, o jovem diz que não possui uma meta com elas, que só viajar por si só é uma experiência e este desejo surgiu com uns amigos que foram viajar em que ele resolveu ir junto.

Por fim, ele compartilha dizendo que a América Latina é uma grande nação e que somos todos iguais, que devemos cuidar da gente e nos respeitar. E todos os países que já visitou, o mais diferente foi o México e seu próximo destino será a Europa.

 E assim os viajantes exibem seus truques em sinais na capital. Foto: Jonas Sakamoto / Imirante.com.
E assim os viajantes exibem seus truques em sinais na capital. Foto: Jonas Sakamoto / Imirante.com.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.