Saúde da criança

Teste do olhinho auxilia na prevenção de cegueira infantil

O teste do olhinho é obrigatório em todas as maternidades do Brasil.

Divulgação/Assessoria

Atualizada em 27/03/2022 às 11h51
(Foto: Divulgação)

SÃO LUÍS - De acordo com o levantamento divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), quatro em cada dez casos de cegueira infantil são reversíveis ou evitáveis, por meio do diagnóstico precoce e do tratamento adequado. Nesse sentido, o teste do olhinho é um grande aliado e deve ser realizado em todos os recém-nascidos, normalmente no primeiro dia de vida, ou antes do bebê deixar a maternidade.

"O resultado do teste é muito semelhante ao observado nas fotografias. Quando tiramos uma foto, a imagem aparece com os olhos vermelhos e, caso seja possível identificar um reflexo branco, significa que existe um problema ocular a ser investigado. É importante destacar que, para que esse reflexo seja visto, é necessário que o eixo óptico esteja livre, ou seja, sem nenhum obstáculo à entrada e à saída de luz pela pupila", esclarece o Dr. Mauricio Magalhães.

O teste do olhinho é considerado um exame simples, rápido e indolor, realizado por um pediatra. "As irregularidades oculares que podem ser detectadas durante o exame são especialmente: catarata congênita, má formação ocular, opacidades na córnea, tumores intraoculares ou hemorragias vítreas. Em caso de alguma alteração, o tratamento deve ser iniciado o quanto antes", afirma o Dr. Magalhães.

O teste do olhinho, assim como o do pezinho e o da orelhinha, é obrigatório em todas as maternidades do Brasil. Contudo, a falta de conhecimento faz com que muitos pais ainda não exijam a realização do exame durante os primeiros dias de vida do bebê. Segundo a OMS, cerca de 500 mil crianças ficam cegas todos os anos e a maioria perde a visão no primeiro ano de vida. No Brasil, de acordo com a entidade, há cerca de 33 mil crianças cegas em consequência de doenças oculares que poderiam ser evitadas ou tratadas precocemente se o exame tivesse sido realizado em tempo hábil.

Casos especiais

No caso de bebês prematuros, o exame também consegue diagnosticar a retinoplatia, uma enfermidade vasoproliferativa secundária à vascularização inadequada da retina imatura dos recém-nascidos. "Devido à prematuridade da criança, a retina ainda não está totalmente formada, pois ela será construída ao longo das primeiras semanas de vida. Assim, o fato da retina se desenvolver fora do útero pode ocasionar alguma anomalia que, caso seja diagnosticada rapidamente, deve ser tratada com laser para que não haja o deslocamento da retina e, consequentemente, a cegueira. Por isso, também é importante que o profissional de oftalmologia acompanhe o bebê desde o seu nascimento", orienta o Dr. Magalhães.

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