Audiência

Réus e testemunhas do assassinato de vereador são ouvidas

Antonio Aldo Lopes Andrade foi morto em Barra do Corda em setembro do ano passado.

Divulgação/MP-MA

Atualizada em 27/03/2022 às 12h08

BARRA DO CORDA - Teve início na manhã desta terça-feira (14) a audiência com sete réus e 28 testemunhas do caso do assassinato do vereador e candidato à reeleição Antonio Aldo Lopes Andrade. Um dos tiros que tinham como alvo o vereador atingiu mortalmente o borracheiro Almir dos Santos Bezerra, que se encontrava no local do crime.

Entre os réus, o vereador Paulo Roberto Lima Bandeira, o Paulinho Bandeira, como é conhecido, e o suplente Wilson Silva Sousa. Ambos encontram-se em liberdade, juntamente com o também réu no processo Douglas Ferreira da Silva. Os outros quatro réus encontram-se presos: o executor do homicídio, Jadison Silva Costa; o suposto mandante, Jamys Rodrigues Silva; e Jonas Fernandes Almeida e Robson da Silva Santos.

O crime

O crime aconteceu no dia 23 de setembro de 2012, por volta das 22h40, próximo a uma borracharia situada no bairro Altamira, às margens da BR-226. De acordo com os autos, na ocasião Jonas e Jadison chegaram ao local em uma moto, disparando, pelas costas, vários tiros na vítima (um dos tiros atingiu mortalmente o borracheiro Almir) fugindo em seguida. A arma usada foi um revólver calibre 38.

Investigação da polícia judiciária embasada no serviço de inteligência e em interceptações telefônicas apontou para os envolvidos na trama que teria como motivação uma desavença envolvendo divisão de terras (Gleba Tamarindo) localizadas ao longo da estrada que liga Barra do Corda ao município de Fernando Falcão.

Rateio

Segundo a denúncia do Ministério Público, “há fortes evidências de que sobre uma área de 363 hectares de terras pertencentes ao Estado do Maranhão (terras devolutas) deitou-se legitimação fraudulenta por iniciativa de um consórcio de interessados”. Ainda segundo a denúncia, o consórcio reuniria os réus Jamys, Paulo Roberto, Wilson e o vereador assassinado, Aldo.

Consta ainda do processo que, “ao que tudo indica” utilizando-se de documentação falsa, o grupo teria providenciado a legitimação do domínio da área, cuja titulação foi feita em nome de Wilson. O rateio da propriedade entre os demais consorciados ficou acertado para após a lavratura da escritura pública de domínio.

Um impasse entre Aldo, que já possuía um lote na área, e o restante do grupo, suscitou várias reuniões para uma tentativa de solução amistosa para o impasse, o que não aconteceu. Aldo então teria ameaçado denunciar a fraude documental (da qual não teria participado, embora dela tivesse conhecimento), o que levou ao pânico os demais integrantes do grupo, começando aí a trama para a execução do vereador.

Pistoleiros

Narra o processo que, cientes dos riscos que corriam, Paulo Bandeira e Wilson Silva “passaram a induzir e instigar Jamys Rodrigues a planejar e executar a ação criminosa”. Jamys teria sido ainda orientado pela dupla a esperar o momento mais adequado para perpetrar o crime, que seria no período da disputa eleitoral que se avizinhava, o que desviaria o foco da motivação criminosa.

Jamys então teria contratado por R$ 15 mil e por indicação de Douglas Ferreira, o pistoleiro Jonas Fernandes. Este, por seu turno, arregimentou para a empreitada criminosa o também pistoleiro Jadison Silva. O réu Robson Santos teria orientado os dois pistoleiros na ação.

Para ler mais notícias do Imirante, clique em imirante.com. Também siga o Imirante no Twitter e curta nossa página no Facebook.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.