Maranhão

Lançamento da pedra fundamental do Tegram será nesta quarta

Com o terminal, a capacidade do Porto do Itaqui chegará a 15 milhões de toneladas/ano até 2020.

Atualizada em 27/03/2022 às 12h15

SÃO LUÍS - O Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram) colocará o Porto do Itaqui como referência no país na exportação de grãos. Na esteira do crescimento da produção de grãos no Brasil e da demanda internacional, o Maranhão, por meio do Tegram, desponta como uma saída para as exportações e mercado, reunindo condições para o adensamento da cadeia do agronegócio, a exemplo do que já ocorre na região Centro-Oeste.

O lançamento da pedra fundamental do Terminal ocorrerá nesta quarta-feira (7), às 10h, no Porto do Itaqui (Avenida dos Portugueses, s/n - canteiro de obras do Tegram).

Com o terminal, a capacidade instalada no Porto do Itaqui, em São Luís, chegará a 15 milhões de toneladas/ano até 2020, o equivalente a aproximadamente 1/3 da capacidade instalada para exportações de soja, milho e farelo pelos portos do Arco Norte (que compreende os portos de Porto Velho (RO) até o Itaqui (MA). A construção será muito importante porque, hoje, existe uma demanda portuária reprimida nas Novas Fronteiras do agronegócio, determinando que soja e milho sigam para os abarrotados portos de Santos, em São Paulo, Paranaguá, no Paraná e, até, São Francisco no Sul, em Santa Catarina.

Dos principais países exportadores de grãos (Estados Unidos, Argentina e Brasil), apenas este último não está no limite das suas fronteiras agrícolas. Isso torna o Brasil o único país a reunir as condições para ofertar um volume de mais 25 milhões de toneladas de grãos até 2020, para atender a uma demanda mundial que crescerá 50 milhões de toneladas. Pelas estimativas, o crescimento populacional, além do aumento da renda das populações, especialmente na Ásia, vai continuar pressionando o aumento da produção mundial por alimentos e, nesse sentido, os Estados do Arco Norte terão uma importância inegável.

Estratégia

A estratégia é começar a operar o Tegram ao fim de 2013, antes que projetos semelhantes nos Estados vizinhos saiam do papel. Isso dará ao Terminal de Grãos ainda mais competitividade para atrair outras cargas. A cadeia do adensamento que tende a ser formada na área de influência do Tegram envolve alimentos como as carnes bovina, suína e de frango, fertilizantes entre outros. De acordo com dados do Ministério da Agricultura (Mapa), até 2020, a produção nacional de carne deverá abastecer o mercado mundial nos seguintes percentuais: bovina (44,5%); frango (48,1%) e a carne suína 14,2%.

Atualmente, 75% da produção de carnes (bovina, suína e de frango) são destinados ao mercado interno, e o consumo per capita só aumenta. A produção de carnes deverá crescer, segundo o Mapa, em mais de 12,6 milhões de toneladas até 2018/2019. Mas não é só isto. Fatalmente, os setores canavieiro e florestal terão uma grande expansão à medida que os empreendedores tiverem confiança, em que haverá capacidade portuária para as exportações.

O volume de grãos, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em Estados como Bahia (14%), Mato Grosso (12%) e Piauí (10%), área de influência do Tegram, a expectativa é de aumento da área plantada. Para a safra atual, é esperada uma produção de 182,27 milhões de toneladas, contra 165,7 milhões da safra passada.

Logística

A construção do Tegram, a entrada em operação da Ferrovia Norte-Sul, de Palmas (TO) até Açailândia (MA) e a sua conexão com a Estrada de Ferro Carajás (EFC) criaram as bases para o corredor, que tem o Porto do Itaqui como destino.

Com a implantação de novos terminais no Norte do país, estima-se que 2/3 das cargas transferidas hoje para portos do Sul e Sudeste, cerca de 30 milhões de toneladas, sairiam pelos portos do arco-norte.

Some-se a isso a ampliação do Canal do Panamá, que com a obra permitirá passagem de graneleiros de até 60 mil toneladas para 150 mil toneladas. Na rota para a Ásia, principal destino da soja brasileira, estima-se uma redução no frete da ordem de 20%, o que beneficiará portos como o Itaqui, no Maranhão.

Consórcio Tegram

Formado pelas empresas NovaAgriInfra-Estrutura de Armazenagem e Escoamento Agrícola S.A., Glencore Serviços e Comércio de Produtos Agrícolas Ltda, CGG Trading S.A. e Consórcio Crescimento, integrado pelas empresas Louis Dreyfus Commodities Brasil S.A. e Amaggi Exportação e Importação Ltda. - ofertou à Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap) R$ 143,1 milhões a título de taxa de oportunidade de negócio. Outros R$ 322 milhões serão investidos para a construção do terminal até o fim de 2013.

O Tegram terá capacidade estática de armazenamento de 500 mil toneladas (base soja), compreendendo quatro armazéns com capacidade de 125 mil toneladas/cada e movimentação final de 10 milhões de toneladas/ano na sua segunda fase, prevista para 2019. O Porto do Itaqui movimenta, atualmente, 2,5 milhões de toneladas de grãos/ano.

Este é somente o primeiro passo para a diversificação de atividades e a semeadura de um grande projeto de desenvolvimento regional, mas, acima de tudo, para estruturar a missão do agronegócio brasileiro de rapidamente estar preparado para passar a ser o maior supridor do mercado internacional.

As informações são da Secom do Estado.

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