Desarmamento

PM divulga apreensão recorde de armas em São Luís

Balanço parcial foi divulgado, neste fim de semana, pelo Comando do Policiamento Metropolitano.

O Estado

Atualizada em 27/03/2022 às 12h39

SÃO LUÍS - A Polícia Militar do Maranhão já conseguiu apreender, este ano, 94 armas de fogo na região Metropolitana da capital.

O balanço parcial foi divulgado, neste fim de semana, pelo Comando do Policiamento Metropolitano (CPM) da capital. Segundo a evolução dos relatórios anuais da PM, a expectativa é de superar o número de apreensões feitas em 2010, quando 404 armas foram tomadas de bandidos.

"Se mantivermos essa média de 30 a 35 armas apreendidas todo mês, vamos ultrapassar a quantidade recolhida no ano passado. Em 2010, tiramos 404 armas de fogo das mãos de bandidos, 51 a mais que em 2009. Naquele ano, fizemos 353 apreensões e isso prova que o trabalho de abordagem da PM está evoluindo", disse o tenente-coronel Jéferson Teles, comandante do CPM.

Durante as ações da polícia nos primeiros três meses do ano, a maior apreensão de armas ocorreu na Vila Santa Júlia (área da Vila Palmeira), feita no dia 10 de janeiro pelo Serviço de Inteligência da PM, que recuperou dez armas de fogo, das 45 furtadas do Fórum Municipal de São Bento, uma semana antes. Na ocasião, a polícia recolheu seis revólveres, três pistolas e uma espingarda.

O armamento estava de posse de dois homens e duas mulheres que foram apresentados no 3º Distrito Policial (Radional). Anderson Ferreira dos Santos, de 30 anos, Diego Martins dos Santos, de 23 anos, Elidiane Sousa Peixoto, de 24 anos, e Francisca das Chagas Sousa Cruz, a Chica, de 39 anos. O quarteto, segundo informou a PM, fazia parte de uma quadrilha de assaltantes foragidos de Pedrinhas.

Arsenal

Enquanto repassava as planilhas de apreensões a O Estado, Jéferson Teles lembrou um discurso feito, recentemente, pela secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki, sobre o excesso de armas em circulação no país. De acordo com a secretária, circulam atualmente, no Brasil, cerca de 16 milhões de armas, enquanto no Japão, que tem 128 milhões de habitantes, existem apenas 100 mil.

"A população brasileira, em torno de 190 milhões de habitantes, tem hoje uma média de uma arma para cada onze pessoas. No Japão - onde existe um controle mais rigoroso do setor bélico, na fabricação e distribuição -, essa média é infinitamente menor. Lá, existe apenas uma arma para cada 1.280 pessoas", acrescentou Jéferson Teles.

Quando passam pela apreensão, as armas são entregues à Polícia Civil, que as inclui no inquérito policial e, em seguida, faz o encaminhamento para a Justiça. Inicialmente, todo armamento recolhido é custodiado nos fóruns municipais e, somente após a conclusão do processo judicial, é entregue ao Exército Brasileiro. Anualmente, o Maranhão destrói 10 mil armas.

"Todas as armas que chegam ao 24º Batalhão de Caçadores, no João Paulo, são inutilizadas, como uma forma de prevenção. O objetivo é evitar que, na hipótese de um furto deste armamento, ele não volte com o mesmo potencial para as ruas. A cada 12 meses, fazemos a destruição simbólica, no Anel Viário, mas toda a apreensão é incinerada", explicou o tenente Ivar Araújo.

Mais

Em novembro do ano passado, o Exército destruiu 2.437 armas, apreendidas pelas polícias Federal, Civil e Militar do Maranhão. O número foi considerado um recorde, pois ultrapassou a quantidade destruída nos anos anteriores, 1.436 armas em 2008 e 1.500 em 2009.

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