A próxima semana poderá ser marcada por mais uma paralisação do serviço de transporte público em São Luís. Rodoviários anunciaram greve por reajuste salarial e empresários já falam em aumento de tarifa devido, principalmente, à alta do diesel.
Diante dos movimentos, o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (Podemos), usou as redes sociais afirmando que na capital não haverá aumento da passagem de ônibus.
Ele não disse se há uma conversa em curso com empresários ou que o contrato da licitação do transporte coletivo garante, pelo menos este ano, a estabilidade das tarifas dos ônibus.
Agora é saber como esta equação, que tem pedido de reajuste de 13% dos rodoviários, aumento do ticket alimentação e manutenção do plano de saúde dos trabalhadores, e junto tem ainda as reclamações dos empresários da alta do combustível, poderá ser resolvida pela Prefeitura de São Luís.
Os empresários já até estabeleceram o valor que a passagem do transporte coletivo deve alcançar (perto de R$ 5,00). A greve já tem data. O prefeito disse nas redes sociais que não haverá aumento. Como essa equação vai ser solucionada é o que espera saber o usuário do transporte coletivo, aquele quem paga a conta no final.
São mais de 700 mil pessoas esperando com preocupação o desenrolar dos próximos fatos.
Sem diálogo
Se a Prefeitura de São Luís e o Governo do Maranhão tivessem uma relação institucional saudável, a negociação por reduzir impostos, por exemplo, poderia eliminar a possibilidade e reajuste de tarifa dos ônibus.
O governador Flávio Dino (PSB), durante a gestão do então prefeito Edivaldo Júnior (PSD), reduziu o ICMS do diesel para baixar os valores dos reajustes de tarifas do transporte coletivo.
Como não há diálogo entre as duas gestões (mesmo com toda a promessa de buscar as tais parcerias institucionais e juras de não perseguição a adversários), a população terá de aguardar.
Sem explicação
Eduardo Braide não se pronunciou sobre as demissões de serviços prestados na Prefeitura de São Luís.
A denúncia dos cortes foi feita pelo deputado estadual Duarte Júnior (PSB) nas redes sociais. Segundo ele, serviços prestados estão recebendo comunicados anunciando as demissões.
Na gestão municipal da capital maranhense tem mais de 5 mil serviços prestados. A Prefeitura não disse quantos serão demitidos e por qual motivo as demissões estão sendo feitas.
Sem conversa
Sobre redução de impostos no Maranhão, a coluna apurou que no governo estadual não nenhum estudo para diminuir alíquotas de tributos.
Na verdade, o governador Fávio Dino não quer tratar do assunto, já que a questão tem o peso do debate nacional sobre culpa ou não dos governos estaduais em relação aos valores dos combustíveis.
Ou seja, para não assumir o ônus sobre os valores nos postos de combustíveis, Flávio Dino não abre espaço para conversa sobre redução de impostos.
Palanque político
Houve palanque no evento que marcou o lançamento da campanha do governo estadual de distribuição de absorventes para adolescentes da rede estadual de ensino do Maranhão.
Além do secretário de Educação e pré-candidato ao governo do estado pelo PT, Felipe Camarão, teve discurso ideológico com toques de inflamações de vereadores e deputados estaduais e federais.
Os discursos, claro, se baseia na dicotomia entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o governador Flávio Dino e seu campo político.
Não falam
O que Felipe Camarão e o seu PT não lembram (ou assim não querem) é que Fernando Haddad, quando foi prefeito de São Paulo, vetou proposta da Câmara dos Vereadores que garantiu distribuição de absorventes para mulheres de baixa renda.
A ex-presidente Dilma Rousseff também vetou proposta que garantiu a desoneração do produto para garantir mais acesso de mulheres de renda menor.
No fim, se por questões constitucionais (que podem ser as mesmas usadas pelo presidente Jair Bolsonaro), em governos petistas, a questão da pobreza menstrual não teve a atenção que agora, no Maranhão, governistas dos mais diversos campos políticos tentam passar a ideia.
De olho
R$5,00 é o valor aproximado que pode chegar a passagem de ônibus na capital, pelos cálculos dos empresários do setor.
Pré-campanha
O ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior (PSD), iniciou na quinta-feira, 14, mais uma agenda de pré-campanha no interior do estado.
Desta vez o pessedista percorre municípios da região do Baixo Parnaíba, para receber apoios de lideranças de vários segmentos.
Antes desta região, Edivaldo Júnior já esteve em Imperatriz e municípios da Região Tocantina. Ele busca ser conhecido pela população local e também apoio de lideranças dos municípios do interior.
E mais
- Edivaldo Júnior é o penúltimo pré-candidato ao governo do Maranhão a ser entrevistado por O Estado na série de conversas com os postulantes ao Palácio dos Leões em 2022.
- Antes dele, já foram entrevistados Josimar de Maranhãozinho (PL), Weverton Rocha (PDT), Lahesio Bonfim (sem partido) e Simplício Araújo (SD).
- Para encerrar a série de entrevistas, O Estado ouvirá na quinta-feira, 21, o vice-governador Carlos Brandão (PSDB).
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