Setembro Vermelho

Cardiologista José Xavier alerta para epidemia de doenças cardiovasculares

Boa parte dessas mortes poderia ter sido evitada com bons hábitos e consultas regulares ao médico

Atualizada em 11/10/2022 às 12h15
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. (coração)

São Luís - Dados da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Brasil (Arpen-Brasil) mostram que houve aumento de quase 7% no número de óbitos por doenças cardiovasculares nos primeiros seis meses de 2021 no Brasil, em relação ao mesmo período de 2020. “Foram mais de 140 mil mortes registradas ano passado de janeiro a junho, contra mais de 150 mil no mesmo período deste ano”, compara o cardiologista José Xavier de Melo, do UDI Hospital/Rede D’Or São Luiz, referência em atendimento e tratamento cardíacos em São Luís.

José Xavier observa que boa parte dessas mortes poderia ter sido evitada com bons hábitos e consultas regulares ao médico. “Estamos no Setembro Vermelho, de conscientização e prevenção das doenças cardiovasculares. Desde 2014, o mês é celebrado em homenagem ao Dia Mundial do Coração, comemorado no dia 29 de setembro.
É a época ideal para se ir ao cardiologista, tirar dúvidas sobre a saúde do coração e como mudar hábitos para levar uma vida mais saudável”, ressalta o cardiologista.

De fato, setembro é um mês importante na cardiologia, e, este ano, com o avanço da vacinação contra a Covid-19, a dica é que as pessoas não tenham receio de voltar ao médico para as consultas de rotina.

“Adotamos todos os cuidados sanitários e estamos mobilizando os pacientes, orientando-os principalmente sobre qualidade de vida e como evitar fatores que são inimigos do coração”, explica o cardiologista José Xavier.

Atendimentos
José Xavier observa que houve redução no número de atendimentos cardiológicos de urgência no país durante a pandemia. “Mas as doenças continuam lá. Isto contribui para que as doenças cardiovasculares sejam uma verdadeira epidemia evitável. Precisamos combatê-las com informação, orientação e tratamento qualificados", ressalta o cardiologista.

Ele acrescenta ainda que quem teve Covid-19 deve se consultar para saber como está o sistema cardiovascular. “A Covid-19 pode deixar sequelas, mesmo em quem teve quadros leves. O ideal é a prevenção e não esperar por sintomas”, finaliza o cardiologista José Xavier de Melo.


SAIBA MAIS


- Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), cerca de 14 milhões de brasileiros têm alguma doença no coração e cerca de 400 mil morrem por ano em decorrência dessas enfermidades, o que corresponde a 30% de todas as mortes no país.

- São cerca de mil óbitos por dia no país, números que são agravados em função da pandemia da Covid-19. O medo da contaminação continua fazendo com que pacientes portadores de doenças cardiovasculares, e de outras doenças agudas, negligenciem a rotina de saúde, deixando de ir ao médico.


8 fatores que contribuem para o aumento de doenças do coração:

1. Estresse

Muita tensão não faz bem, pois libera altos níveis de adrenalina e cortisol, gera arritmia e sobrecarrega o coração.

2. Colesterol
Há 2 tipos, o LDL que é ruim, porque eleva os riscos de infarto, e o HDL que é bom, pois reduz riscos de formação de gordura.

3. Drogas e Álcool
O uso em excesso provoca um efeito explosivo, que pode causar desde arritmia até a morte.

4. Diabetes
Nos homens, a doença pode aumentar em 40% o risco de infarto e nas mulheres sobe para 50%.

5. Gordura abdominal
Se for homem e a medida for superior a 94 cm, ou mulher e a cintura medir acima de 80 cm, deve tomar cuidado.

6. Hipertensão
O fluxo de sangue nas artérias fica dificultado com a pressão alta podendo provocar infarto, AVC e insuficiência cardíaca.

7. Obesidade
O acúmulo de gordura pode provocar insuficiência cardíaca e gerar outros fatores de risco.

8. Tabagismo
O cigarro é inimigo do coração. O fumante tem o dobro de risco de um ataque cardíaco.

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