Vida Saúde

60% das mulheres morrem por doenças cardíacas

Números são nacionais e expectativa de vida mais alta e tratamentos oncológicos podem estar relacionados à maior taxa de mortalidade

Atualizada em 11/10/2022 às 12h32
A prevenção ainda é o melhor remédio para as doenças cardíacas
A prevenção ainda é o melhor remédio para as doenças cardíacas (coração)

São Paulo - As doenças cardiovasculares são as principais causas de morte no Brasil. De acordo com o Cardiômetro da Sociedade Brasileira de Cardiologia, somente em 2018, cerca de 54 mil pessoas já morreram devido à complicações cardíacas. As mulheres são as principais vítimas: 60% dos infartos no país ocorrem na população feminina, segundo informações do Ministério da Saúde.

O cardiologista, Rodrigo Cerci, coordenador do Serviço de Angiotomografia Cardíaca e diretor de Pesquisa e Inovação da Quanta Diagnóstico e Terapia, conta que a maior expectativa de vida entre o sexo feminino pode ser uma das explicações para a alta taxa de mortalidade. “As doenças cardíacas costumam afetar mais as mulheres após a menopausa e, como elas têm uma expectativa de vida maior, em determinado momento, a taxa de mortalidade acaba ultrapassando às dos homens. E por ter um infarto em idade mais avançada, pode ser mais fatal, pois, geralmente, nessa fase acabam tendo outras doenças associadas”, esclarece.

O diagnóstico precoce ainda é a melhor maneira de evitar complicações por doenças cardiovasculares, como o infarto ou um AVC. “É importante que as mulheres incluam uma consulta ao cardiologista em sua rotina de check-ups. Assim como elas fazem exames preventivos de câncer de mama e câncer de colo de útero todos os anos, também devem realizar exames para a detecção de fatores de risco e prevenção das doenças cardíacas, pois, essas doenças matam mais do que os cânceres”, explica o cardiologista.

“Hoje, exames como o escore de cálcio, por exemplo, quando bem indicado, já consegue detectar a aterosclerose antes mesmo da mulher ter sintomas, o que permite um tratamento precoce e ajuda a evitar futuros problemas”, acrescenta.

O cardiologista também alerta que as mulheres devem ficar mais atentas aos sintomas de um infarto, que podem ser atípicos. “Os sintomas clássicos de um infarto são dores ou sensação fortes de pressão no peito que irradiam para o braço esquerdo ou pescoço, acompanhados de suor excessivo e palidez. Mas, nas mulheres, esses sintomas podem ocorrer de forma isolada, por isso, é fundamental procurar um serviço de emergência mesmo quando só há uma dor forte no braço esquerdo, por exemplo”, detalha Rodrigo Cerci.

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